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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Trio maravilha

"Grande exibição do Benfica, com destaque para João Félix, Seferovic e Pizzi. Venha o dérbi

Regresso à Luz
1. Ponto prévio: 23 dias após último jogo na Luz, o Benfica regressou a casa com o intuito de reagir à derrota no clássico. Era importante perceber qual seria a reacção da equipa a esse resultado e sentir a força dos adeptos depois de uma derrota é sempre importante. O desafio que era lançado ao Benfica era ganhar e criar pressão sobre o FC Porto e também manter a distância para o Sporting antes do dérbi de Alvalade. Com todos estes desafios, o Benfica teve desempenho extremamente positivo, com um resultado dilatado mas justo.

Onze base
2. Bruno Lage fez apenas uma alteração no onze, tirou Svilar e entrou Vlachodimos, com isso surge a ideia que Benfica tem o seu modelo de jogo e o onze bem definidos. A equipa da casa começa a desenhar a boa exibição depois do susto aos 7 minutos, em que Tahar aproveitou desatenção de Gabriel e atirou ao poste. Foi um abanão que a equipa levou e que obrigou o Benfica a dar grande intensidade ao jogo e a dar problemas a este novo Boavista - órfão de Jorge Simão, sob gestão de Jorge Couto e na expectativa da entrada de Lito Vidigal, que me parece que anda não deve ter tido influência no jogo. O Benfica empurrou o Boavista para o último terço, com Pizzi em trocas posicionais a mostrar-se vagabundo por todo o terreno. E aqui destaque para a forma como João Félix se posicionava e o bom entendimento que revelava com Seferovic, que fez dois golos e podemos dizer que este é o melhor Seferovic que já vimos no Benfica. Os três juntos formaram um trio maravilha.

Onze base
3. O Benfica teve futebol envolvente, mas asfixiantes, simples, rápido com e sem bola, jogadores próximos uns dos outros, um Benfica reactivo a responder a perda de bola. O Boavista ainda foi feliz ao marcar em cima do intervalo, que podia ter obrigar o Benfica a algum abanão emocional. Mas após o intervalo voltou ao registo de equipa dominadora. Com o João Félix a desequilibrar muito - é de facto um miúdo prodígio - descobrindo passes e linhas para os golos. O Benfica está leve, solto, com dinâmicas novas... a equipa tem crescido de jogo para jogo com Bruno Lage e demonstrou isso. Tem havido jogadores com novas oportunidades, caso de Samaris, que fez uma grande penalidade imprudente, mas está mais confiante e a crescer. Rafa não foi um jogador tão explosivo, foi mais pausado, mas equilibrado, jogando mais no meio campo, não sei se isso será um sinal para aquilo que Lage pretende dele. A vitória é inequívoca perante Boavista que não teve argumentos. Destaque para a raça e pulmão do Benfica durante o jogo. O Boavista está um bocadinho refém de não ter um médio de construção e transição, face à saída de David Simão e da lesão do Fábio Espinho. Ainda assim Mateus foi dos que deu sequência ao futebol do Boavista perante um Benfica que, com Gabriel no meio campo, nunca se desorganizou defensivamente. Com a entrada de Gedson, o Benfica transformou o 4x4x2 para o plano B em 4x3x3. Já no final da partida de salientar a grande defesa do Vlachodimos e defender em penálti e, numa segunda parte em que o Boavista nem à área do Benfica chegou. Esta vitória convincente serve de inspiração para o dérbi de domingo."

Vítor Manuel, in A Bola

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