Últimas indefectivações

domingo, 17 de junho de 2018

O meu melhor

"Porque no seu futebol há o corpo desempenho perfeito para jogar futebol por um deus: na velocidade, na agilidade, na força (e no encanto).
Porque no seu futebol há o duende do Lorca a estender-se da sua cabeça aos seus pés fazendo com que todo ele transmita a valentia e não o medo, o entusiasmo e não a mesquinhez, o assombro e não a resignação, o brilho e não o breu.
Porque no seu futebol há o jogo despojado de frivolidade - e a astúcia para dar a volta a qualquer destino mesmo quando o destino o ameaça (ou à equipa...) de dentes afiados, contrariando a verdade sagrada que diz que, numa equipa, um sozinho nunca é suficiente.
Porque no seu futebol o remate capaz de transformar um jogo inteiro numa história de pasmar - com a bola a saltar de dentro da sua imaginação para dentro da baliza alheia (e o livre contra o Espanha foi mais um exemplo disso...)
Porque no seu futebol há a poesia a correr pelo campo aberto nas linhas do seu horizonte, apaixonado na sua vontade e firme no seu carácter - sem que nunca deixe de jogar para manchete do jornal do dia seguinte em qualquer parte do mundo, desafiando o destino, desafiando a história.
Porque no seu futebol há o fervor no movimento e o génio na acção - e o herói a desmultiplicar-se na vida que o mostra, deslumbrante, para lá do seu mito.
Porque no seu futebol há tudo isso (e muito mais) é que eu acho que não há Maior Português do que Cristiano Ronaldo na História da Humanidade. Aliás, se dúvida ainda tenho é se ele não é já o Melhor Jogador de Sempre - que o Maior Europeu de Todos os Tempos e o Maior Goleador de Toda a História, para mim é.

PS: Para que não me acusem de ronaldite pegajosa, direi então: até pode não ser (ainda) o Melhor jogador de Futebol de Sempre - mas no patamar de Pelé, de Maradona (e, apesar de tudo, de Messi, o do Barça, não o da Argentina) já está - mesmo faltando-lhe o que ainda lhe falta à história que ele não pára de desafiar (e de vencer)."

António Simões, in A Bola

1 comentário:

  1. Ninguém me tira da cabeça que este intelectualóide de pacotilha sempre teve imensa inveja do King (qual ou quais a razões poderia enumerar muitas desde capacidade física, pretensa superioridade intelectual ou até questões raciais) e nunca se conformou de ter vivido a sua carreira à sombra da dele.

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