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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Cadomblé do Vata (retomas!!!)

""Benfica continua em retoma"... "Vitória da confirmação"... "Jorge Jesus adiado". Não será admiração para ninguém, se disser que estes foram os comentários mais escritos e ditos à 11ª vitória consecutiva do Benfica na Liga Portuguesa. Os sinais são portanto positivos e animadores: a equipa que até à viagem à Alemanha só tinha conseguido 28 vitórias em 30 jogos, recompôs-se em terras teutónicas e lá conseguiu atingir os 31 triunfos em 33 partidas. É possível que a epifania de Bruno Lage na Alemanha Oriental tenha salvo o Benfica de ficar atrás do Sporting CP no final do campeonato, mas só em Maio saberemos. Do que certamente nunca livrará a equipa é da contestação e do irritantezinho "sim... mas...".
Se excluirmos aquele bloqueio das reservas no topo da Serra, o Benfica vem de 4 amassos bem conseguidos na Liga e na Champions. Naturalmente, tal não serve para afastar as nuvens que pairam sobre o treinador. Quanto muito, dão para "adiar Jorge Jesus", que trará finalmente poder ofensivo a um lote de jogadores que este ano, só tem média de 2,6 golos por jogo e consistência defensiva a quem já chupou valentemente com 5 marretadas na baliza. A vida de Bruno Lage em Portugal, seria bem mais fácil se fosse frontal e se estivesse a cagar para o facto de ter só mais 5 golos marcados do que o destroço existencial de Alvalade. Infelizmente para ele, lidera a única equipa cujo nível exibicional merece escrutínio, que sai de cada goleada a espalhar claras sensações de estar mais perto de perder pontos e que tem um balneário a ferro e fogo na luta pelo título de melhor marcador, dividido entre o apoio a um brasileiro com a mania que é o Deus Grego Kostas Viniciou e um Fernandes bragantino a querer ser o herege pária nacional que destrona o Fernandes maiato.
Tendo vencido 13 dos 14 jogos até agora disputados, o Benfica corre o sério risco de terminar o campeonato com 33 vitórias em 34 jogos. Será no entanto um pecúlio que levantará dúvidas sobre a valia da equipa. Um ano de futebol a golear consecutivamente, poderá ajudar a encontrar o caminho da "retoma", mas não chegará para a atingir. Mesmo que nas 24 partidas que faltam ganhar, se atinja uma média de 5 golos marcados e 0 sofridos, a seguir às parangonas do "Benfica Campeão", constarão longas e especializadas dissertações sobre o que falta ao treinador e aos jogadores para serem dignos da camisola que defendem. Haverá sempre qualquer coisa que faltará provar: a eficácia atacante... a consistência defensiva... a qualidade do futebol... o soco desferido por Bruno Lage num treinador adversário... qualquer coisa, menos a superioridade intelectual dos comentadores."

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