Últimas indefectivações

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

O poema do extraterrestre que aterrou em Portugal

"Era uma vez neste país
Para o qual Deus olhou e disse:
Que bela obra que fiz,
Sem nenhuma fanfarronice.

Vou mas é enchê-lo de sol
E já agora de sardinha assada
Para salvar um ou outro caracol
Numa tarde com cervejas regada.

Ora então nesse país
Que se fez grande mar adentro
Instalou-se um diz que diz
Que tinha no futebol o epicentro.

Era tanta palavra oca
Tanto carapau de corrida
Que sempre que alguém abria boca
Era asneira certa, uma loucura varrida.

Nisto chegou a Portugal
Um bicho de sete cabeças
Era verde, cheirava mal
Duvido muito que o conheças

Era um caríssimo extraterrestre
Abriu logo o coração que não tinha
Disse ai meu Deus, meu bom mestre
Onde é que toco à campainha?

O extraterrestre foi entrando de fininho
E sentou-se ao balcão
Disse traga-me um jarro de vinho
E uma sandes de leitão.

Nisto um bêbado aproximou-se
Perguntou o que vieste cá fazer?
Foi o futebol que me trouxe
Agora deixa-me que estou a comer.

O bêbado dirigiu-se à entrada
A murmurar este deve ter a mania
Enfio-lhe uma cabeçada
Que lhe dou cabo da cidadania.

Olha lá, tu se queres ver futebol
Vieste claramente ao sítio errado
Aqui a bola parece conversa de urinol
Penáltis, foras de jogo e ataque cerrado

O extraterrestre ficou vermelho
Pousou o copo de vinho e olhou de lado
Tu às vezes devias olhar-te ao espelho
Não sabes o que dizes, és um bêbado ajumentado

Não há futebol como o português
Vem do fundo da alma e é patriota
Nem espanhol, francês ou inglês
Nenhum deles é campeão da Europa

Por isso ó bêbado põe-te fino
Não dês importância ao que não a tem
O vosso futebol é encantador e cristalino
Ouvi-o no planeta de onde venho, da boca da minha mãe."

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