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sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Porto vs Benfica – a pressão de uns e a construção de outros


"Já aqui trouxe a pressão alta do Porto (vs Estoril) mas vale a pena ver como este foi o factor que deu ascendente aos portistas no último clássico. Nota também para a falta de variabilidade do Benfica.
442 do Porto deixava inicialmente centrais do Benfica terem bola. Avs 1. cortavam linha de passe para médios encarnados que não saiam do corredor central – apenas quando condução de colega levava para half space – 2. Impedir mudança de corredor quando central já recebia + aberto.
O Benfica foi optando por ter os laterais baixos e era a eles que os centrais recorriam. No entanto, Bah e Grimaldo recebiam com pressão em cima do ala portista e já bastante condicionados.
Aspectos construção SLB 1. centrais não baixavam para dentro da grande área e adversários ficavam compactos 2. distribuição rígida. Apenas os alas baixavam ligeiramente dentro. Florentino e Enzo no meio, basculavam conforme a bola e não incorporavam linha defensiva.

A melhor oportunidade do Porto (o cabeceamento de Taremi a cruzamento de Zaidu) é consequência do acima descrito. Fundamental o FC Porto estar compacto, também fruto do posicionamento do Benfica, para ganhar a bola no meio-campo ofensivo

O factor Enzo: somou várias perdas de bola. A conjuntura não ajudou mas já esteve uns níveis acima. Não pareceu preparado para a abordagem do Porto, nomeadamente a pressão que quem está à frente da linha da bola realiza (acção facilitada, como já vimos pelo posicionamento do SLB)

Outro exemplo, agora com o argentino a demorar na definição e colegas mal posicionados para receber bola

Por último, vejamos como foi o jogo nas situações de reposição de bola em que os centrais do Benfica se encontravam recuados, ou seja, dentro da grande área. As dinâmicas, no essencial, mantiveram-se em ambas as equipas, no entanto, a linha defensiva foi capaz de ligar com os alas, no habitual passe vertical, mas o Porto mostrou estar preparado e o Benfica não teve qualquer saída “limpa”. Aliás, os azuis recorreram com bom timing, aos corredores laterais para recuperar bola.
O jogo directo também aqui foi opção mas sempre com os da casa a controlar.

Há uma diferença, muitas vezes ignorada, entre jogar curto inicialmente e, efectivamente, tentar uma saída limpa a partir do GR. Geralmente a 2ª envolve utilizar a pressão adversária para, de alguma forma, conseguir jogar nas costas de quem sai a pressionar, ou juntando o adversário no corredor central, ligar com o lateral. Abaixo vemos como essa não pareceu ser a intenção do Benfica. Pontapé de baliza, tabela entre António Silva e Vlachodimos e bola longa do GR grego.

Nova situação em que inicialmente o Benfica até joga curto mas fruto dos posicionamentos seguintes, não há grande alternativa a jogar longo.

O Porto até à expulsão somou várias recuperações de bola no meio-campo adversário e o Benfica não mostrou soluções para contrariar a pressão montada por Sérgio Conceição."



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