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sábado, 5 de agosto de 2017

Ganhar amanhã e estar na próxima

"Mesmo que a taça de amanhã não seja super, é para tentar vencer, pois é um título inscrito no calendário de ambição benfiquista.

Acabou uma pré-época com resultados desportivos tão fraquinhos, como naquelas pré-épocas que precederam as temporadas gloriosas. Será apenas um optimismo estatístico, mas, a verdade, é que no Benfica tem sido quase sempre assim. Quando ganhávamos 5-0 ao Real Madrid a época era fraquinha, quando levávamos cinco do Arsenal a época era vitoriosa.
Até agora pouco interessava o resultado, a partir de amanhã pouco interessa, se o resultado não for bom. Neste início de temporada ficaram claras as fragilidades, e ficaram demonstradas as potencialidades. Corrigindo as primeiras, e trabalhando as segundas, chegaremos ao êxito.
A Supertaça, não sendo uma competição de imenso prestigio, é o jogo que define quem foram os dois melhores da última épocas. Benfica e Vitória merecem por isso disputar o título de amanhã. Quero ganhar amanhã, mas quero ainda mais estar na próxima Supertaça.
O martírio das lesões não larga o Benfica, veremos se André Almeida recupera, seria uma opção importante no objectivo de Aveiro.
Mesmo que a Taça de amanhã não seja super, é para tentar vencer, pois é um título oficial, inscrito no calendário de ambição Benfiquista.
Quando sou obrigado a comentar a compra de um jogador por €222 milhões, pedem-me a absurdo.
O preço em causa, a forma de saída, a forma de pagamento, as comissões do pai do jogador, o comportamento deste antes de sair, tudo me leva a crer que ninguém vai sair bem deste negócio. Embora alguns possam sair mais ricos.
Neymar é um excelente jogador, Barcelona um histórico do futebol e o PSG um novo rico endinheirado, tudo legítimo. A forma como as coisas se apresentam, os métodos e os processos perecem-me lamentáveis. Infelizmente o valor das coisas (e também dos jogadores), é muitas vezes apenas o seu preço. Triste a sociedade, e o mundo, onde se confunde o valor das coisas com o seu preço. Esta sociedade onde a honra, o compromisso e a ética deixam de ter valor, por não terem preço, não vai por bom caminho, se ainda tiver caminho.
Talvez por isso, quando Totti se despediu no Olímpico de Roma, não foram apenas os tiffosi romanos que choraram, foram também aqueles que apreciam os jogadores, os heróis e os mitos muito para além das comissões nas transferências."

Sílvio Cervan, in A Bola

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