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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Substituições no futebol

"É convicção generalizada que, se já houvesse substituições em 1966, Portugal teria tido fortes possibilidades de ser Campeão do Mundo no Mundial disputado nesse ano em Inglaterra.
De facto, apesar de ter 22 jogadores inscritos, o Seleccionador Manuel da Luz Afonso utilizou apenas 15, sendo que 7 deles foram totalistas (Hilário, Jaime Graça, José Augusto, Eusébio, Torres, Coluna e Simões), tendo disputado 6 jogos completos, 540 minutos muito intensos, em apenas 16 dias (13 a 28 de Julho).
Só os guarda-redes Carvalho (1 jogo) e José Pereira (5) e os defesas Germano (1) e Alexandre Baptista (5), Morais e Festas (3 cada), Vicente (4) e José Carlos (2) partilharam a titularidade.
Com outros excelentes jogadores disponíveis, como os pontas de lança Figueiredo e Lourenço, os médios Peres e Custódio Pinto, e o defesa Cruz , teria sido possível dar minutos de descanso aos titulares nos jogos em que o resultado estava decidido antes do fim, sem perda de qualidade do futebol que a equipa praticava.
Já em 1958 tinha havido uma primeira abertura, sendo permitida nalguns países a substituição do guarda-redes lesionado. Em 1970, além desse guarda-redes, passam a ser permitidas outras 2 substituições, que em 1995 passaram a 3, sem quaisquer restrições; em 2017 foi admitida uma 4.ª substituição, mas apenas no prolongamento dos jogos que tenham terminado empatados. Já este ano de 2018, na Taça Revelação (Sub-23), passaram também a ser permitidas 4 substituições, com a particularidade de 2 delas terem de ser simultâneas, o que faz com que haja no máximo 3 paragens de jogo para esse efeito.
Ainda no que respeita a substituições, as diferentes federações nacionais podem introduzir alterações em encontros de jogadores menores de 16 anos, futebol feminino, veteranos (mais de 35) e jogadores deficientes.
Apesar de algo tardias, estas alterações abrem novas perspectivas, nomeadamente em duas áreas que até agora têm sido tabu: serem feitas sem interrupção do jogo (com controlo do 4.º árbitro, por exemplo) e possibilitar a reutilização de jogadores substituídos.
Assim, afigura-se-nos que, dentro de algum tempo, além de passarem a ser feitas com o jogo a decorrer (como acontece em muitas modalidades), o número de substituições possa subir para 5, com hipótese de reutilização de 2 dos substituídos.
São evidentes as vantagens destas modificações: por um lado, evitam deliberadas perdas de tempo, mantendo o ritmo do jogo; e, por outro, irão permitir que jogadores veteranos mas ainda influentes, quando desgastados, possam ser substituídos para reentrarem algum tempo depois, não só com influência na decisão do próprio jogo, mas também com reflexos no prolongamento das suas carreiras.
Põem-se dúvidas sobre os efeitos do arrefecimento durante o período de repouso, mas tal poderá ser facilmente ultrapassado, quer pelo aquecimento dos bancos de suplentes, quer através da continuação de exercícios, em ritmo naturalmente mais lento."

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