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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Seis meses de cadeia para ‘ultra’ francês

"No mesmo dia em que a Liga julgou o caso da colagem da tampa da sanita numa divisória do estádio da Luz, no Benfica-Porto, com mais uma multa ridícula, chegava ao fim o processo a dois “adeptos” que lançaram foguetes para o relvado no jogo Metz-Lyon, do campeonato francês em 2016, causando lesão auditiva ao guarda-redes português Anthony Lopes. O chanfrado mais jovem, de 25 anos, que lançou o foguete, foi condenado a seis meses de prisão efectiva e o outro, de 36, a seis meses de cadeia com pena suspensa. Ambos estão proibidos de frequentar estádios durante cinco anos. E saberão em Dezembro quanto terão de pagar de indemnizações pelos danos causados, a todos os níveis, com o Lyon a reclamar 1,2 milhões de euros.
Seis meses de cadeia, 5 anos de interdição, mais de um milhão de euros de indemnização.
Ouço desde 2003 que a lei portuguesa, recriada a propósito do Euro 2004, é das mais avançadas da Europa e, no entanto, vamos com 15 anos de criminalidade semanal, mais grave aqui e acolá, multas de brincadeira, acusações de terrorismo e condescendência vergonhosa. A lei mais avançada da Europa simplesmente não tem aplicação, queima nas mãos das autoridades.
Depois deste julgamento em França a dois ‘ultras' da claque Horda Frenetik, dois “idiotas que mancham o espírito do desporto e dão uma imagem negativa ao futebol” - no comentário do juiz -, fica a expectativa de observar uma alteração no futuro comportamento desta escumalha. Lyon e Marselha tiveram recentemente jogos à porta fechada e os indícios não apontavam para grandes transformações, mas acredito que nos próximos tempos esta sentença vá assustar alguns vândalos e aliviar o ambiente.
E é o que faz falta em Portugal, neste momento: a aplicação rigorosa da lei sobre dois ou três imbecis das claques, nomeadamente os que são apanhados a entrar nos estádios com engenhos pirotécnicos. Segundo os relatórios policiais, nos dois últimos derbis de Lisboa foram detidas 14 pessoas por posse ou lançamento de engenhos pirotécnicos. Na final da Taça de Portugal foram detidas outras quatro. Terão sido todos presentes ao Juiz, mas ninguém sabe o que lhes aconteceu depois, provavelmente andam por aí em acções de guerrilha (e terrorismo) desportiva de fim-de-semana."


PS: A pirotecnia só por si não deve ser crime, mas o Manha tem razão num ponto: a responsabilização individual, por via judicial, daquilo que acontece nas bancadas... algo que em Portugal raramente acontece!!!

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