"Dos vídeos dos azuis, às ameaças dos encarnados e às declarações dos verdes e brancos, estes grandes são mesmos os maiores da minha aldeia. Porque uma vez lá fora, na Europa, sabem comportar-se…
Ainda só estamos em novembro e mais parece que estamos no final do campeonato. Não pelos melhores motivos, os da competitividade de uma prova disputada até à última jornada, pela emoção dos adeptos à espera dos jogadores a colorirem estradas e estádios, pelo grito de golo decisivo para o título.
Ainda só estamos em novembro e parece que estamos no final do campeonato. Pelos piores motivos, os da gritaria pela falta que não foi, do penálti mal assinalado (às vezes com razão), da expulsão que era ou poderia ter sido (ou talvez não). Enfim, ainda só estamos em novembro e já todos ralham e apontam o dedo às arbitragens.
Os árbitros erram? Sim, talvez ainda em demasia. A arbitragem em Portugal passa por bom momento? Não, não passa. Mas resumir todo o mal do futebol nacional à arbitragem não é justo, não é real mas convém a muitos.
A competição parou para uma jornada que vai dar a qualificação de Portugal para o Campeonato do Mundo de 2026 e fica provado que a maioria de nós está a marimbar-se para a Seleção Nacional, tirando quando as fases finais das grandes provas, Mundiais e Europeus (nem coloco aqui a Liga das Nações da UEFA), arrancam — nesses casos então enchemos o peito de patriotismo tantas vezes bacoco, medindo-o pelo apoio à Seleção em vez de pelos direitos e deveres que temos no dia a dia em sociedade.
Desde sábado à noite quando o Sporting ganhou aos 90+4’ ao Santa Clara, golo de cabeça de Hjulmand na sequência de canto que não era canto, antes pontapé de baliza, que não se fala noutra coisa se não em arbitragem. Mais ainda depois do penálti contra o Benfica e do 2-2 na Luz com o Casa Pia. Como se um canto mal assinalado, ainda que neste caso de forma grosseira, fosse um erro capital e como se o empate dos encarnados fosse culpa exclusiva do árbitro.
Estamos em novembro e só se fala de arbitragem, a culpa de todos os males do futebol português. Discutir os quadros competitivos não interesse para nada, o facto de haver na Liga Portuguesa relvados como o do Santa Clara (que acabou por induzir o assistente em erro e dar indicação de pontapé de canto) também não incomoda ninguém…
Estamos em novembro e só se fala de arbitragem mas estávamos em julho, ainda nem o primeiro jogo da época tinha acontecido, e já o Benfica fazia comunicados sobre o tema…
Estamos em novembro e já todos se queixam, das águias aos dragões, também os guerreiros do Minho e os leões, até está prometido para esta sexta-feira discurso importante de Frederico Varandas na gala dos Rugidos de Leão. Será um rugido de Varandas a rebentar com tudo?
Este rebentar vem a propósito do que disse o diretor-geral do Benfica, Mário Branco, segundo o relatório do árbitro Gustavo Correia no final do jogo de domingo na Luz. Mais um episódio a juntar aos que todos os clubes grandes do futebol português já tiveram, de declarações a atitudes, a mais grave e recente a que Fábio Veríssimo denunciou no balneário do Dragão e que embora há menos de duas semanas parece já ter sido esquecida — tal a velocidade a que se sucedem os casos que nos entretêm…
Dos vídeos dos azuis, às ameaças dos encarnados e às declarações dos verdes e brancos, estes grandes são mesmos os maiores da minha aldeia. Porque uma vez lá fora, na Europa, sabem comportar-se sem coações, ameaças ou gritaria. Porque se o fizerem, ao contrário de cá, acontece-lhes alguma coisa. Será a arbitragem o grande mal do futebol português? Não me parece…"

ta bem oh saloio/bimbo, a culpa é do revaldo, ahahahaha, ainda estou a rir!!!!
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