"A agenda mediática no último mês foi dominada pelas eleições à presidência do Sport Lisboa e Benfica (SLB)
Os candidatos na primeira volta — Rui Costa, João Noronha Lopes, João Diogo Manteigas, Luís Filipe Vieira, Martim Mayer e Cristóvão Carvalho — e depois na segunda volta — Rui Costa e João Noronha Lopes — esgrimiram argumentações até à abertura das urnas.
Num cenário ultra mediatizado como o do universo benfiquista, cada candidato não só esteve a competir com adversários diretos, mas com a perceção do público, a imprensa desportiva e o escrutínio constante nas plataformas digitais.
O apoio no planeamento estratégico como o de uma agência ou de um consultor de comunicação experiente — comum a todas as candidaturas — deixou de ser um investimento supérfluo para se tornar um fator decisivo.
Numa época em que a paixão e a perceção pública se confundem, as campanhas à presidência de um clube de futebol português tornaram-se mais num exercício de comunicação e menos num duelo de ideias. Uma declaração ou soundbyte, entrevista, publicação nas redes sociais, e mesmo, o silêncio podem influenciar o rumo de uma candidatura.
É neste contexto que o papel de especialistas em comunicação reúne cada vez mais relevância. Transformando intenções em narrativas consistentes, posicionando candidatos com autenticidade e procurando antecipar tempestades mediáticas que fazem parte do jogo. Com uma missão clara de garantir que a mensagem tem consistência e um propósito e, por fim, que chega ao público-alvo no timing certo.
Uma estratégia de comunicação eficaz não se resume à gestão do relacionamento com os meios de comunicação social e os jornalistas. É acima de tudo uma gestão de perceções e de construção da confiança — pilares essenciais para ser líder. O apoio das equipas e dos técnicos especializados permite reforçar as caraterísticas singulares e diferenciadoras do candidato, destacando temas relevantes e, ademais, tentando evitar que a emoção comprometa a coerência do discurso.
No futebol a comunicação também é tática. Saber quando e como falar, preparar uma resposta e usar o tom adequado é tão decisivo quanto a escolha de um treinador. Uma má entrevista pode custar votos e um comentário inspirador pode consolidar a liderança.
Mais do que gestão da imagem é uma questão de profissionalismo e de visão. Um candidato que investe na comunicação consistente demonstra o respeito pelo clube, pelos sócios e no processo democrático.
No final das contas, a liderança de um clube é mais do que a gestão da equipa — é representar uma identidade coletiva. E, no jogo invisível entre o que se diz e a perceção do público, quem comunica bem joga para ganhar."

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