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quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Bancadolândia


"O VAR que nos sobressalta
O primeiro dia do mês de setembro bateu-nos á porta para nos dar uma novidade. Em comunicado, a Federação Portuguesa de Futebol e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional anunciaram a introdução do sistema de videoarbitragem nos jogos da II Liga nacional a partir da temporada 2023/24. Uma resolução que, sustentam os seus promotores, vai 'ao encontro de um desejo dos clubes que têm participado no Campeonato do segundo escalão do futebol nacional' e que 'oferece aos árbitros o apoio tecnológico com que têm contado nos encontros da I Liga'. Palavras... leva-as o VAR, ou, melhor, todos os 'técnicos de arbitragem' que fazem péssimo uso da ferramenta e a tornam impopular, jogo após jogo, semana após semana, irritando e defraudando os que pagam bilhete e os que amam ver futebol.
À distância, a arbitragem (privilegiada) por meio de vídeo, com diversos ângulos para (melhor) analisar e ajuizar, encerra todo o potencial ao alcance da nossa imaginação para se posicionar como suporte relevante ao decisor de apito que julga no calor e à velocidade dos acontecimentos nos relvados. Por cá, somam-se os episódios de incompreensíveis, inacreditáveis e intoleráveis tomadas de decisão de quem tem o jogo à frente dos olhos, confirmando-nos a 'bipolaridade' do sistema de videoarbitragem, que é mesmo de externos: tão depressa valoriza os que percebem da poda como expõe os que têm menos habilidade ou aptidão para discernir evidências que até um alienígena consegue percepcionar.
O que sucedeu no começo do período de compensação sobre os 90 minutos regulamentares no Benfica - Vizela, jogo da 5.ª jornada da Liga Bwin, é impossível de aceitar. Um tombo de um defensor para trás, tão conveniente quanto objectivamente deliberado, para obstruir a passagem de Gonçalo Ramos na grande área, perto da baliza, originou uma infração que, de forma inacreditável, o árbitro Fábio Veríssimo 'transformou' numa simulação do avançado, daí resultando uma tripla penalização: penálti não assinalado (oportunidade clara de golo sonegada), Benfica em inferioridade numérica num momento de forcing, e Gonçalo Ramos excluído por uma partida. Fora da zona de rigor, podemos apostar o salário, o árbitro num pestanejaria e faria soar o apito para sancionar o que todos viram, castigando o autor do derrube. Contudo, ainda mais escandaloso foram o 'silêncio' e a inação do VAR António Nobre.
Sinceramente, antes de o estenderem à II Liga, os 'tutores' do videoárbitro em Portugal deveriam preocupar-se (sobretudo) em dar-lhe saúde."

João Sanches, in O Benfica

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