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domingo, 12 de dezembro de 2021

O meu treinador


"No ano em que nasci, o treinador do Sport Lisboa e Benfica era o sérvio Milorad Pavic. Seguiram-se Mário Coluna, John Mortimore, novamente o Velho Capitão e Lajos Baroti até junho de 1982, quando aterrou na Portela o jovem sueco Sven-Goran Eriksson. É o primeiro treinador que me recordo a 100% de o ouvir e ver. Foi o primeiro treinador do Glorioso que apoiei incondicionalmente. Não por simpatias pessoais ou por lhe reconhecer mérito profissional, mas por ser o técnico principal do Sport Lisboa e Benfica, e isso bastava-me. Basta-me.
Depois vieram alguns erros de casting, como Pal Csernai e Ebbe Skovdahl, intercalados pelo regresso do John Mortimore. Até que, em Novembro de 1987, entrou em funções o mais benfiquista de todos os treinadores: Toni. Ficou pouco mais de época e meia (ganhou o campeonato) até ao regresso de Eriksson, que permaneceria até Junho de 1992.
Tomislav Ivic passou três meses no cargo nesse ano, sendo substituído pelo regressado Toni, naquela que viria a ser uma das passagens mais marcantes de um treinador pelo clube. Foi o Verão Quente de 1994, a sinfonia à chuva em Alvalade e, de repente, o meu mundo vermelho e branco ruiu com a chegada do treinador-poeta.
O Rei Artur de outras paragens foi - e continua a ser - o único treinador do SL Benfica que não consegui apoiar. Por tudo: pela traição a Toni, pelo sucesso no rival, pelo desmantelar de uma equipa de sonho. Depois da sua incompetência veio Mário Wilson tentar colar os cacos. De 1995 a 2001 (regresso de Toni), passaram pelo banco do Glorioso seis treinadores (sempre com Wilson a servir de pronto-socorro): Paulo Autuori, Manuel José, Graeme Souness, Shéu Han (apenas um mês), Jupp Heynckes (o de Vigo) e José Mourinho. Apoiei-os a todos. Tal como fiz com todos desde então: Jesualdo Ferreira, Fernando Chalana, José António Camacho, Giovanni Trapattoni, Ronald Koeman, Fernando Santos, Quique Flores, Jorge jesus, Rui Vitória, Bruno Lage e Nélson Veríssimo.
Hoje, é Jorge Jesus quem manda na equipa, logo é o meu treinador. Desde que, no futuro, não se lembrem de ir buscar Artur Jorge, também o próximo - seja lá quando for - será o meu treinador."

Ricardo Santos, in O Benfica

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