Últimas indefectivações

sábado, 13 de novembro de 2021

Bancadolândia


"O fim de semana de 6 e 7 de Novembro já lá vai, é um ponto a sumir-se, a desvanecer-se numa visão de 360 graus, mas, no eixo futebol-modalidades, tão depressa não será esquecido, porque foi pródigo em oxigenação, mas também pela consequência dolorosa da violenta entorse sofrida pelo joelho direito de Lucas Veríssimo, mazela que afastará dos relvados o defesa-central por largos meses.
Pegar nos seis golos celebrados pelo Glorioso ante o SC Braga na jornada 11 da Liga Bwin, juntar-lhe a progressiva ascensão do jovem talento Paulo Bernardo e embrulhar estes factos num papel feito de encómios é uma tentação que, num momento de irracionalidade, nos pode inebriar e iludir. Todavia, a exigência, sábia e avisada, lembra-nos que foram 'apenas' mais 90 minutos, bem-sucedidos, numa caminhada que, e no que ao campeonato diz respeito, só na próxima ronda vai dobrar o primeiro terço. Ganhar é, sempre, o objectivo, e a qualidade exibicional, para estender no tempo e escavar pontos, aos três de cada vez, será nesta altura o mais robusto dos desígnios, para então, no momento certo, se dizer 'olá' aos troféus e bater à porta Museu para os acomodar.
Seja em que desporto ou em que área for, exigir é ambicionar mais, é não nos contentarmos com o adquirido, mesmo que seja lido ou percecionado como expressivo ou indiscutível por quem não o viu nascer. Isso, justamente, foi-nos explicado pelas equipas masculina e feminina do futsal no último fim-de-semana.
Os números das respectivas vitórias, generosas, contam ou, pelo menos, sugerem uma história de facilidade e de contundência que, no entanto, alguns os protagonistas (nomeadamente Pulpis e também Pedro Henriques e Sara Ferreira) fizeram questão de amainar nas análises pós-jogo.
Sem pó de arroz, partindo da objetividade dos acontecimentos, e pensando na linha a seguir para se estar na iminência do êxito nos momentos da verdade, a massa crítica foi fator de diferenciação e de antecipação de soluções a encontrar pela força do trabalho, do mais óbvio ao menos evidente. Nem tudo está bem quando se ganha, nem o Apocalipse (tantas vezes fomentado pela intriga fácil e pela mentira!) é a cor que domina 'a' tela quando se perde ou empata."

João Sanches, in O Benfica

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