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segunda-feira, 17 de março de 2025

Em defesa de João Félix


"O trajeto na formação, ao serviço do Benfica e das Seleções Nacionais, não me era estranho, já ouvira companheiros de redação destacarem as virtudes daquele menino que trocara o FC Porto pelo Benfica, mas só graças a Rui Vitória fui apresentado a... João Félix.
No começo de 2018/19, na quarta época nos encarnados, bicampeão nas duas primeiras antes de o FC Porto de Sérgio Conceição lhe roubar o tri que teria sido o penta das águias, o técnico apostou no então miúdo de 18 anos. À terceira ronda, na Luz, saltou do banco aos 71’, por troca com Pizzi, e aos 86’ assinou de cabeça o golo do empate final a um na receção ao Sporting. Nascia uma estrela.
Se o atual treinador do Panathinaikos é o responsável pelo lançamento, Bruno Lage, o senhor que se seguiu depois da chicotada psicológica, deu-lhe a titularidade desde que se estreou no banco, à jornada 16, até à festa de campeão recuperados sete pontos de desvantagem para os dragões. Feitas as contas, terminou a temporada com 20 golos e oito assistências em 43 partidas em todas as provas. Essa, para mim, é a Liga de João Félix.
Nesse verão de 2019 estava convencido de que o céu era o limite para alguém que, entretanto, perdeu o estatuto de prodígio e deixou de poder ser apelidado, aos 25 anos, de jovem promessa. Por 126 milhões de euros rumou ao Atlético de Madrid, rótulo que lhe continua agarrado à pele, e na estreia pelos colchoneros em dérbis da capital, num particular frente ao Real em Nova Jérsia (EUA), deslumbrou com um golo e duas assistências para goleada histórica de 7-3 com 5-0 ao intervalo.
Quando julgávamos que estava apenas a iniciar uma subida imparável, afinal, começava aí um trajeto sempre descendente. Mas é tão aberrante considerar hoje que está acabado como em tempos foi absurdo colocá-lo na pole position para futura corrida pela Bola de Ouro. Nem 8, nem 80.
Talvez falte quem consiga explicar-lhe que jamais será o melhor do mundo... embora seja um futebolista com qualidade mais que suficiente para representar grandes equipas e pisar os maiores palcos. Defender João Félix é, além de lhe enaltecer o dom com que nasceu, também saber dizer-lhe, por vezes, que o rei vai nu e não, não é Diego Simeone o culpado por nunca mais se terem repetido aqueles seis meses sob a liderança de Lage.
Na convocatória de Roberto Martínez para os dois duelos com a Dinamarca, dos quartos de final da Liga das Nações, o avançado do Milan, cedido pelo Chelsea, carreira que passou igualmente pelo Barcelona, é um dos 26 eleitos. Aos que defendem a chamada de outro jogador para o lugar de Félix, por não concordarem com a justificação do selecionador para convocá-lo — «Não está a ser constante, mas teve momentos muito bons», disse o espanhol —, questiono: preferiam essa alternativa que propõem se em causa estivesse, por exemplo, o vosso clube ao invés da Seleção? Por outras palavras: quem rejeitaria a hipótese de contar com Félix no emblema pelo qual torce?
Para o ano é que vai ser, podia dizer-se sobre ele no fim de cada época menos fulgurante, enquanto se espera que o talento vença a inconsistência e que o potencial se transforme em rendimento dentro de campo."

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