"O Benfica vive de títulos. Sem eles, nada faz sentido. E só a conquista (ou não) de títulos permitirá avaliar cabalmente o trabalho de Bruno Lage neste seu regresso ao Clube.
A sua primeira passagem teve uma fase fantástica, com grandes jogos, muitos golos, conquistas do Campeonato de 2018-19 e da Supertaça (5-0 ao Sporting), seguidas de 18 vitórias em 19 jornadas a abrir a Liga 2019-20. Terminou com uma estranhíssima sequência de apenas 2 triunfos em 13 partidas, que ditou o seu despedimento - quiçá precipitado, ficando pouco claro que a causa do descalabro fosse o treinador.
O que estamos agora a ver parece replicado daqueles primeiros meses de muito sucesso.
Na liga portuguesa, um pleno de 7 triunfos, entre eles uma goleada histórica ao FC Porto, com uma média de 3,5 golos por jogo; na Taça de Portugal, 2 eliminatórias ultrapassadas tranquilamente, a última das quais com volumosos 7-0 ao E. Amadora; na Taça da Liga, apuramento para a final four diante de um adversário que acaba de vencer em Alvalade; e na Champions, 3 vitórias em 5 rondas, 2 delas, fora de casa, a outra na Luz por 4-0 face ao poderoso Atlético de Madrid. Tendo em conta que uma derrota tangencial em Munique não deslustra ninguém, o único mau resultado verificou-se frente ao Feyenoord, numa noite francamente infeliz, mas que configura a exceção no meio da regra vencedora.
No acumulado, Bruno Lage é já o segundo treinador da história do Benfica com maior percentagem de triunfos no Campeonato (81,8%), ultrapassado apenas por Jimmy Hagan (82,1%).
Como comecei por dizer, é cedo para afirmações conclusivas. Contudo, já se vai percebendo que Lage resgatou uma dinâmica ganhadora, condição necessária para o final feliz. E a cada semana que passa, mais se reforça a ideia de se tratar do homem certo na hora certa."
Luís Fialho, in O Benfica
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