"Depois de uma recuperação surpreendentemente rápida, que levou o Benfica ao 1.º lugar da tabela classificada ainda antes do Natal, duas derrotas consecutivas votaram a distanciar-nos da liderança, e fizeram soar o alarme entre os adeptos. Nestas situações é sempre tentador culpar o técnico - ora porque fez alinhar o jogador A e não o jogador B, como gostaríamos, ora porque procedeu a substituições que não conseguimos perceber, ora porque, enfim, jogámos mal e perdemos.
A verdade é que tudo isto já acontecera no início da temporada, com outro treinador - na altura, Roger Schmidt. E se formos mais atrás, sucedeu também, com Jorge Jesus, Rui Vitória e com o próprio Bruno Lage, aquando da sua primeira passagem pela equipa principal do Benfica. Todos eles foram campeões no Clube, todos eles protagonizaram momentos de futebol vibrante e sucessivas vitórias, todos eles saíram mais tarde pela porta de trás, vergados a sequências negras de mas resultados e exibições confrangedoras. Nos últimos oito anos, com diferentes treinadores, com diferentes jogadores, e até com diferentes presidente, o ciclo repetiu-se, sem que, do lado de fora, se entendam os motivos.
Ora, este treinador e estes jogadores já golearam o Atlético de Madrid por 4-0 e o FC Porto por 4-1. Não foi há muito tempo. È preciso perceber rapidamente como voltar a esse nível, e evitar que o referido ciclo se repita uma vez mais.
A época vai a meio e, pese embora a fraca qualidade da generalidade das equipas, tem sido uma montanha-russa de emoções. O líder da classificação já vai no terceiro treinador. Todas as equipas já tiveram os seus momentos de crise, com os tradicionais lenços brancos, e os evitáveis insultos a jogadores, treinadores e dirigentes. No fim, alguém vai ter se ganhar este campeonato. E vamos ser nós."
Luís Fialho, in O Benfica
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