"Estava aqui a recordar-me das sensações que vivi em 2 de Outubro e em 10 de Novembro de 2014. Foi há apenas dois meses e três meses, um par de sopros no calendário de uma época desportiva. Nessa noite de Outubro, aconteceu a vulgarização do Atlético de Madrid, na Catedral, para a Liga dos Campeões. No embate de Novembro, foi como um atropelamento do FC Porto. Em ambos os jogos, 4 golos marcados e um onze inicial onde estiveram 10 dos 11 jogadores que iniciaram a partida com o SC Braga para o Campeonato e que terminou com uma vitória dos minhotos por 1-2. No banco, a mesma equipa técnica.
O futebol tem destas coisas. Os mesmos adeptos que, em Outubro e Novembro, já sonhavam com a vitória na Champions e a conquista do 39.º título de campeão nacional estão agora a entrar numa profunda depressão. Apontam o dedo em todas as direções, exigem explicações e fazem a cobrança dos mesmos jogadores e equipa técnica que os fez sonhar há apenas dois meses - pouco mais de 60 dias, com Natal e Ano Novo pelo meio, aquela época em que o país pára. É dura e crua a realidade futebolística quando o SL Benfica está ao barulho. A alegada exigência é tanta, que parece nem haver espaço para tentar compreender. Claro que seria mais fácil tentar entender o atual momento de forma da principal equipa masculina de futebol, se nos fossem dadas - a nós, os adeptos - explicações, para o sucedido. Mas não, só temos especulação, comentários enviesados, ódios e desconfiança generalizada quando aquilo de que precisamos (adeptos, jogadores e a equipa técnica) é de uma explicação plausível. São os mesmos que brilharam com Atlético de Madrid e FC Porto que vão ter de inverter a situação. Senão, só poderemos concluir que a responsabilidade pelas mais recentes desilusões é apenas sua."
Ricardo Santos, in O Benfica
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