Últimas indefectivações

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Não confundir desporto com as páginas mais negras da História

"Caros leitores, por razões pessoais, tenho estado um pouco ausente do blog, mas é coisa passageira. No entanto não posso deixar despercebida a forma como o sítio electrónico do F.C. do Porto abordou o jogo entre a equipa dos dragões e o Spartak de Moscovo. Antes de passar à questão principal, devo sublinhar que, quando qualquer equipa portuguesa vem jogar à Rússia, eu apoio-a de alma e coração. Além disso, em relação ao Porto, nutro em mim uma simpatia espacial porque nasci na Póvoa de Varzim. Por isso, não posso ser acusado de ser contra os "dragões". Dito isto, quero deixar aqui o repúdio em relação a como o jogo do Porto e do Spartak de Moscovo é abordado no sítio eletrónico: http://www.fcporto.pt/, que, tal como lá está escrito, é o sítio oficial desse clube. A vitória sobre o Spartak é comparado a um ataque a Moscovo, vendo-se a Basílica de São Basílio, obra-prima da arte religiosa russa na Praça Vermelha, sob a mira de uma arma, vendo-se também uma trincheira. O autor desta obra, se não é idiota, ignorante e cretino ao mesmo tempo, se tem dois palmos de testa, é criminoso e irresponsável. Mas quem foi a "cabeça iluminada" que teve a triste ideia de comparar o Futebol Clube do Porto aos invasores nazis em 1941? A comparação é insultuosa para o povo russo e para todos os povos da Europa e do mundo se se tiver em conta o que esse povo pagou para que outros gozassem das liberdades democráticas e não caíssem nas mãos dos invazores nazis, dirigidos por um Hitler paranóico. O atrasado ou os atrasados mentais que inventaram essa comparação deveriam, pelo menos, recordar-se que foram derrotados todos aqueles que tentaram conquistar Moscovo. Sr. Pinto da Costa, espero que lhe façam chegar este meu apelo a si: despeça imediatamente os autores dessa obra macabra e de mau gosto total, que em nada fazem engrandecer a equipa que você dirige. Trata-se de provocadores que apenas querem denegrir o nome do Porto e de Portugal. Como o Sr. presidente sabe, eu sou um jornalista português que trabalha em Moscovo há mais de trinta anos e não quero ser confundido com pessoas que não pensam com a cabeça, nem com o coração. A fama do meu país no estrangeiro já anda pelas ruas da amargura devido à política desastrosa e ruinosa dos nossos dirigentes políticos. Não lhe ponham mais nódoas com propaganda nazi no desporto. Toda a História das relações entre Portugal e a Rússia mostra que os russos não mereciam tal saída dos "crânios" que trabalham para o F.C. do Porto. Apelo a todos os meus leitores, principalmente aos adeptos e sócios portistas que se associem a esta indignação."


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