Últimas indefectivações

quinta-feira, 1 de junho de 2023

Um campeonato revisto nos 90 minutos finais


"Fugitivo aguentou a margem com que entrou na reta da meta, apesar da resposta pronta do perseguidor. Logo abaixo, filmes também se repetiram.

Benfica na dianteira, FC Porto a perseguir. Gonçalo Ramos marcou aos sete minutos, Taremi respondeu aos 8". Foi como se a última jornada do campeonato quisesse resumir o essencial do mesmo - pelo menos, da fase decisiva -, em dois jogos que concentravam a decisão quanto ao novo campeão e que depressa dissiparam as dúvidas restantes. Não só porque as contas da ultrapassagem eram complicadas para o perseguidor FC Porto mas essencialmente porque o fugitivo Benfica, com vantagem para gerir desde que o triunfo em Portimão dera conforto pontual e mental para a deslocação a Alvalade, soube ser mais prático do que avassalador e em menos de meia hora cortou as asas ao condenado Santa Clara com golos de duas das principais figuras ao longo de toda a época - o citado Ramos e Rafa. O 2-0, aos 28 minutos de jogo, foi o rastilho que as explosivas bancadas da Luz precisavam para passarem ao nível de completa euforia.
O 38 era já uma certeza, mas, como no Dragão ninguém atirava a toalha, aos 32", Otávio voltara a responder ao que se passava a 300 quilómetros de distância. Ainda que fosse infrutífero. Pelo menos para os cálculos do título, porque do outro lado do ringue estava um adversário à beira do KO técnico com estas duas idas ao tapete.
O Vitória de Guimarães via fugir o derradeiro objetivo da temporada, o quinto posto, que daria direito a entrar na Conference League uma pré-eliminatória mais tarde. Até aqui se viu, em poucos instantes, uma imagem de tudo o que estava para trás, com a impetuosa juventude de Tomás Händel a trair a prudência na abordagem a uma dividida com Uribe. Entrada de sola e vermelho direto... aos dois minutos apenas! Conclusão, ficou para o Arouca o (merecido) quinto, depois de ter feito a sua parte ao vencer em Portimão, com tranquilidade e competência, à imagem do homem do leme, Armando Evangelista, e toques de classe, sobretudo, a cargo de Alan Ruiz.
Na véspera, o Sporting evidenciara, em Vizela, as debilidades que fizeram desta a pior das últimas épocas - a pior de Amorim -, conseguindo, ainda assim, chegar ao triunfo já perto do fim. Insuficiente, como já se sabia que seria, para melhorar de posição na tabela, porque o degrau mais baixo do pódio (e das pré-eliminatórias da Champions) já estava entregue a um Braga que fez questão de exibir o bilhete de identidade - ou melhor, de dar três "bilhetes" no já despromovido Paços, cortesia de Djaló, Ricardo Horta e Banza. Num jogo "a feijões", estes 3-0 garantiram aos guerreiros do Minho o segundo melhor ataque da I Liga e, no fecho do campeonato, enviaram um recado para o próximo domingo, dia da final da Taça com o FC Porto. Ainda há jogos a feijões?"

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