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terça-feira, 1 de novembro de 2022

B(r)ilhar na Europa


"O Bilhar encarnado deixou uma marca de respeito nas competições europeias de Carambola, alcançado várias vezes o pódio.

Desde cedo que o Benfica habituou os adeptos a grandes glórias no estrangeiro. Isso está patente no seu futebol e noutras modalidades campeãs. A primeira de todas foi o bilhar, quando Alfredo Ferraz, em 1939, foi a grosse surprise de Lausana ao sagrar-se campeão do mundo de bilhar. O atleta do Benfica foi o primeiro português a alcançar um título internacional na modalidade.
Ao longo dos anos 60, os bons resultados da equipa foram atraindo bilharistas. Este crescimento levou o Benfica a conquistar o Campeonato Nacional de 1969, que o apurou pela primeira vez para a Taça dos Clubes Campeões Europeus. Com Vladimiro Monteiro, Mário Machado, Vítor Hugo Leal e Mário Ribeiro, a equipa estreou-se no dia 12 de Junho, frente ao Barcelona, anfitrião o campeão dessa edição.
Anos depois, em 1984/85, a equipa encarnada defrontou, na 1.ª eliminatória, o BC Berolina, sete vezes campeão europeu. Em duas mãos, o Benfica afastou os berlinenses da prova. Seguiu-se o reencontro com o Barcelona, que foi eliminado pelos benfiquistas, que contavam com o chileno Sérgio Lenz e o estudante de arquitetura Luís Ventura. A final, disputada entre seis equipas, decorreu na Suécia. As baixas temperaturas associaram-se a uma anomalia no ar condicionado que levou a 'uma ligeira quebra nos jogadores e também no girar das bolas sobre o pano verde'. Ainda assim, foi por uma carambola que o Benfica não ficou em 3.º lugar. Com a melhor média coletiva e as duas melhores médias individuais de sempre em apresentações portuguesas no estrangeiro, os benfiquistas causaram grande impressão e  obtiveram o respeito dos seus adversários e do público estrangeiro, que dizia não esperar 'uma equipa tão forte e coesa'.
Em 1987, a equipa do Trieste desistiu ao saber 'que lhes tinha calhado o Benfica'. O Clube foi o anfitrião desta edição, atingindo o 3.º lugar. Na época seguinte, repetiu os dois feitos. O público português, pouco habituado ao bilhar, revelou-se excelente, bom observador e cumpridor das regras, que exigem máximo silêncio para permitir a concentração dos jogadores.
Em 2002/03, o bilhar benfiquista teve uma equipa poderosa que contou com quatro estrangeiros, entre eles Dick Jaspers. Sem Mário Ribeiro no plantel, que trocara de cores épocas antes, o Benfica fez a sua última participação na Taça dos Clubes Campeões Europeus em 31 de Maio de 2003, na final frente ao Cristal Kelly (E 2-2). O desempate deu-se pela diferença de sets, acabando o Benfica como vice-campeão, a sua melhor marca de sempre.
Conheça mais sobre a história do bilhar benfiquista na área 3 - Orgulho Eclético do Museu Benfica - Cosme Damião."

Pedro S. Amorim, in O Benfica

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