"Os danos desportivos da eliminação do FC Porto da Champions são reversíveis; já os danos financeiros são irreversíveis...
Sérgio Conceição iniciou o processo de regeneração da equipa do FC Porto com um triunfo tranquilo sobre o Vitória de Setúbal. Segue-se o Benfica, na Luz, num jogo em que os dragões, depois do desaire de Barcelos, precisam pelo menos de pontuar para não deixarem fugir os rivais. Apesar de não possuir tantas e tão boas soluções como na temporada passada, está à vista que Sérgio Conceição tem meios para construir novamente uma equipa competitiva, capaz de lutar pelo título nacional. Ou seja, um mau começo desportivo é sempre passível de correcção, e quem disto tiver dúvidas basta puxar o filme atrás e lembrar o que foi a época do Benfica em 2018/2019, uma aventura de menos a mais que culminou com uma grande festa no Marquês.
Porém, se a época de 2019/2020 do FC Porto, no que ao rendimento da equipa respeita, pode considerar-se em aberto, já o mesmo não deve dizer-se dos danos financeiros, absolutamente irreversíveis, provocados pelo desastre frente ao Krasnodar.
Os dragões, a viver sob a tutela da UEFA por incumprimento do fair play financeiro, conheceram um alívio substancial, há um ano, através de um encaixe que quase chegou aos 80 milhões de euros, feito na Liga dos Campeões. Afastados desse maná europeu, que soluções poderão ser encontradas pela SAD portista para manter o barco equilibrado? Há uns anos, imbróglios destes resolviam-se, ou antecipando receitas televisivas ou recorrendo ao crédito bancário. Em resumo, empurrava-se o problema com a barriga e quem viesse atrás que fechasse a porta...
Hoje, por razões várias, esses caminhos estão vedados aos clubes, o que torna mais difícil encontrar meios para pagar as contas que têm de ser saldadas. Restará, como solução óbvia, vender os activos com maior valor de mercado, o que concorrerá para a diminuição da capacidade competitiva, ao mesmo tempo que será visto como um gesto de fraqueza. É nesta camisa de onze varas que o FC Porto se encontra, por força da eliminação da Champions, acrescendo a isto uma efervescência social que aumenta ou diminui ao sabor dos resultados. Como se depreende facilmente do que ficou acima exposto, o FC Porto joga, na Luz, mais do que os três pontos.
(...)
Ás
Rafa
Bruno Lage deu conta a tecla certa para tirar o melhor rendimento de Rafa, tornando-o uma arma mortífera para as defesas contrárias, a partir de uma posição de entrelinhas. Neste arranque de época, a meias com Pizzi, Rafa é referência do Benfica e deverá ser carta no baralho de ases de Fernando Santos.
Duque
Veríssimo / Xistra
Depois de uma primeira jornada francamente boa em termos de arbitragem, a dupla Veríssimo/Xistra borrou a pintura no Jamor, sem que seja fácil descortinar as razões. Os dois lances em apreço, claros como água (mesmo sem VAR) foram julgados de forma incompetente, o que deverá merecer nova reflexão ao presidente do CA.
Duque
Leonardo Jardim
Não está fácil a vida dos treinadores portugueses na Liga francesa: dois empates e quatro derrotas, em seis jogos realizados. Mas, Paulo Sousa e André Villas Boas, com um ponta cada, estão melhores que Leonardo Jardim, que ainda não foi capaz de devolver o Mónaco aos lugares a que nos tinha habituado. Grande desafio!
Parte quem marcou 93 golos em três épocas
«(...) chegou a um princípio de acordo com o E. Frankfurt para a venda a título definitivo dos direitos desportivos do jogador Bas Dost»
Comunicado, Sporting, Futebol SAD
A estrela de Bas Dost empalideceu com a chegada do holandês Keizer, que nunca aproveitou as características goleadoras ao compatriota. É pena que saia pela porta pequena o Bola de Prata de 2016/2017. E só se o Sporting não foi ao mercado vingará a tese da redução da folha salarial. Já agora, Vietto, incompatível com Bruno Fernandes (diz Keizer), quando custa?
Aritz Aduriz, 38 anos
Imagine-se um guionista de Hollywood à procura de um final perfeito para um filme sobre futebol. O protagonista, de 38 anos, pensava em pendurar as chuteiras mas acedeu a jogar mais um ano no clube do coração. Na primeira jornada, ao receber o bicampeão, o herói desta história ficou no banco, sendo chamado a jogo apenas a cinco minutos do fim, com o marcador ainda em branco. E não é que, já no tempo de compensação, o veterano goleador aplicou um pontapé moinho saído dos desenhos animados do Oliver e Benji, que deu o triunfo à sua equipa? Em Hollywood, terra dos sonhos, tudo é possível, poderia dizer-se. Mas em Bilbau também e o golo de Aduriz ao Barcelona fica como exemplo do poder único do futebol, onde não tem cabimento a palavra «impossível».
Japão à vista e All Blacks humilham Wallabies
A um mês do Mundial de râguebi, que terá lugar no Japão, os All Blacks não quiseram deixar os seus créditos por mãos alheias e, depois de há uma semana terem perdido na Austrália por 47-26, trucidaram os Wallabies por tremendo 36-0, conquistando a Bledisloe Cup. Quem pára estes Blacks? Será que Gales consegue?"
José Manuel Delgado, in A Bola
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