Últimas indefectivações

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Há vida


"Foi com dois tiros na fatalidade que o Benfica alcançou a primeira vitória na fase regular da Liga dos Campeões.
Não há jogos fáceis nesta prova. E, embora muitos se apressem a desvalorizar o triunfo encarnado, invocando o mau momento do Ajax, uma vitória em Amesterdão é sempre uma vitória em Amesterdão. Já agora, quando o FC Porto não conseguiu vencer o Utrecht, não me lembro de ouvir ou ler quaisquer reparos.
Nos jogos fora do Estádio da Luz, em toda esta época, o Benfica perdeu apenas em Londres e em Newcastle. Vencemos o Sporting, na Supertaça, em terreno neutro, empatámos no Dragão e em Istambul, vencemos em Nice e agora nos Países Baixos, ganhámos em Guimarães, bem como na Amadora, em Alverca, nas Aves, em Chaves e o Atlético no Restelo. Não se pode dizer que o balanço seja negativo. Bem pelo contrário.
O problema deste Benfica têm sido os jogos em casa, sobretudo diante de equipas mais pequenas, que se apresentam fechadas. Já aqui escrevi sobre a negra sequência de pontos perdidos no tempo extra das partidas com Santa Clara, Rio Ave e Casa Pia (estão aqui precisamente os 6 pontos que nos afastam da liderança do Campeonato), e também na frente externa são as derrotas na Luz, com o Bayer Leverkusen e, sobretudo, com o Qarabag, que nos deixaram no fundo da tabela e comprometem bastante a classificação.
Não adianta chorar sobre o leite derramado. O que há a fazer é arregaçar as mangas e trabalhar muito. Não há tempo a perder. Nesta temporada nem houve tempo para férias ou período de preparação. E as pausas FIFA trouxeram mais problemas do que repouso.
Não tendo sido José Mourinho a escolher o plantel, e dada a onda de lesões, é natural que o mês de Janeiro nos traga alguns reforços. Há que resistir até lá, e estar incondicionalmente ao lado desta equipa percebendo as circunstâncias atípicas que nos deixaram nesta situação: sem margem de erro, mas com a esperança viva."

Luís Fialho, in O Benfica

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