"Foi com dois tiros na fatalidade
que o Benfica alcançou a primeira vitória na fase regular da
Liga dos Campeões.
Não há jogos fáceis nesta prova.
E, embora muitos se apressem a
desvalorizar o triunfo encarnado, invocando o mau momento
do Ajax, uma vitória em Amesterdão é sempre uma vitória em
Amesterdão. Já agora, quando o
FC Porto não conseguiu vencer
o Utrecht, não me lembro de
ouvir ou ler quaisquer reparos.
Nos jogos fora do Estádio da
Luz, em toda esta época, o Benfica perdeu apenas em Londres
e em Newcastle. Vencemos o
Sporting, na Supertaça, em terreno neutro, empatámos no
Dragão e em Istambul, vencemos em Nice e agora nos Países
Baixos, ganhámos em Guimarães, bem como na Amadora,
em Alverca, nas Aves, em Chaves e o Atlético no Restelo. Não
se pode dizer que o balanço seja
negativo. Bem pelo contrário.
O problema deste Benfica têm
sido os jogos em casa, sobretudo diante de equipas mais
pequenas, que se apresentam
fechadas. Já aqui escrevi sobre
a negra sequência de pontos
perdidos no tempo extra das
partidas com Santa Clara, Rio
Ave e Casa Pia (estão aqui precisamente os 6 pontos que nos
afastam da liderança do Campeonato), e também na frente
externa são as derrotas na Luz,
com o Bayer Leverkusen e,
sobretudo, com o Qarabag, que
nos deixaram no fundo da tabela e comprometem bastante a
classificação.
Não adianta chorar sobre o leite
derramado. O que há a fazer é
arregaçar as mangas e trabalhar muito. Não há tempo a perder. Nesta temporada nem
houve tempo para férias ou
período de preparação. E as
pausas FIFA trouxeram mais
problemas do que repouso.
Não tendo sido José Mourinho a
escolher o plantel, e dada a
onda de lesões, é natural que o
mês de Janeiro nos traga
alguns reforços. Há que resistir
até lá, e estar incondicionalmente ao lado desta equipa percebendo as circunstâncias atípicas que nos deixaram nesta
situação: sem margem de erro,
mas com a esperança viva."
Luís Fialho, in O Benfica

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