"Real Madrid, Barcelona, Liverpool, Manchester City, Arsenal, Juventus, Milan, Bayern, Dortmund e Benfica. Nenhuma destas dez equipas, oriundas das principais ligas europeias, venceu as partidas domésticas que realizou após a jornada da Champions - que cresceu em número de clubes, em número de jogos, e tem agora mais uma fase (playoff) a ultrapassar.
Alguns dos emblemas mencionados irão estar presentes no Mundial de Clubes da FIFA, a disputar no fim da temporada. O Real Madrid jogou entretanto a Taça Intercontinental - que só recentemente eu soube que continua a existir.
Para além das tradicionais Taças, Portugal e Inglaterra têm ainda as Taças da Liga. E cinco vezes por ano há as obtusas interrupções para provas de seleções, com mais jogos e viagens.
Nenhum dos campeonatos nacionais foi redimensionado face a esta realidade. O caso português é gritante, tendo na sua 1.ª Divisão o mesmo número de clubes que a Alemanha e a França - que são países muito maiores e muito mais ricos, fazem pausa no inverno e não têm Taça da Liga.
Em tempos não muito distantes, a semana do Natal e do Ano Novo era para estar em casa com a família. Adeptos, treinadores, jogadores, árbitros. Não havia futebol. E com o bacalhau e o peru devidamente regados, ninguém sentia a sua falta.
Entre 7 de Dezembro e 4 de Janeiro, o Benfica cumpre um total de 7 jogos. Num período em que devia fazer descansar os jogadores, estes vão ser explorados até ao limite. Isso paga-se.
As televisões e os órgãos federativos - seus reféns - preferem secar tudo à sua volta, mesmo se à custa de qualidade dos espectáculos e do salutar rendimento dos atletas.
As principais equipas estão de gatas. As competições estão noveladas por baixo. Mas o que lhes interessa isso? Um dia vão matar a galinha dos ovos de ouro. Depois? Logo se vê."
Luís Fialho, in O Benfica
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