"Se há seis ou sete meses alguém ousasse prever que o treinador do Benfica seria agora Bruno Lage, o do FC Porto, Vítor Bruno, e o do Sporting. João Pereira, ninguém levaria a sério. Na altura, uns mais do que outros, Roger Schmidt, Sérgio Conceição e Rúben Amorim pareciam de pedra e cal ao comando dos 'três grandes', e a haver mudanças, os nomes dos putativos substitutos, uns mais do que outros, andariam longe daqueles que hoje se sentam nos bancos.
Noutro plano, se ao entrar em campo para defrontar o Arsenal alguém imaginasse que o Sporting entraria também aí numa sequência de maus resultados, e que o autocarro da equipa seria, duas semanas mais tarde, alvo de tochas e insultos por parte dos próprios adeptos, então o caso era para alarme. Na altura, o conjunto de Alvalade era imbatível, desafiava os anos dos Cinco Violinos, e caminhava tranquilamente para a renovação do título. Quanto ao Benfica, bem sabemos que, aquando das primeiras jornadas, tinha um plantel medíocre, jogava um futebol medíocre e podia desde logo pensar apenas no 2.º lugar.
Tudo isto ensina-nos a acreditar até ao fim. Em cada competição, em cada jogo, em cada lance. Mas ensina-nos também que, mesmo estando e duas vitórias da liderança, tendo encetado uma recuperação que poucos previam tão rápida, e vendo os rivais circunstancialmente enfraquecidos, nada nos garante o sucesso final.
Não há campeões em Dezembro, como não houve em Setembro e não haverá em Janeiro. Só no dia 18 de Maio uma equipa festejará o título. E essa será a que melhor souber lidar com as múltiplas oscilações que, necessariamente, vão ocorrendo ao longo dos meses.
Devemos estar confiantes e acreditar no treinador e nos jogadores. Porém, nada de triunfalismos, pois até ao fim da temporada muita água correrá debaixo de todas as pontes."
Luís Fialho, in O Benfica
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