"Francisco J. Marques foi jornalista, comentador e diretor de comunicação do FC Porto. È um cidadão condenado por violência doméstica e um dos adeptos portistas mais ativos nas redes sociais. Nenhum desses factos faz dele uma mais-valia para o futebol português. No entanto, é comum que as suas declarações via teclado sejam apresentadas com destaque em várias publicações desportivas. Como se o ódio e a intolerância ganhassem cliques e conquistassem seguidores... Ah, espera, ganham e conquistam.
Graças e este tipo de comportamentos, a indústria do futebol profissional em Portugal é quase ridícula. Estádios às moscas, suspeitas de espionagem na Liga de Clubes, clubes que funcionam como satélites uns dos outros, acertos de contas mal explicados, impunidade, tudo faz parte do enredo desta tragédia. Ou será filme de terror?
Num dos recentes desaires do FC Porto, em Famalicão (empata a uma bola), ainda a bola não estava a rolar, e já uma equipa de reportagem do Porto Canal estava a ser ameaçada. Pelos 'radicais' adeptos do Fama? Claro que não. O bando que atacou os jornalistas identificava-se como portista, e a cena decorreu uma delegação do FCP em Famalicão. Ou seja, depois de anos a agredir e insultar adversários, agora até os da casa são metidos ao barulho. Curiosamente, este braço armado (ou será guarda pretoriana?) até deveria estar feliz, com tantas homenagens, por parte da atual direção, ao ex-presidente do clube - que segue a sua vida, impune depois de tudo o que andou a fazer em mais de 40 anos. Depois do apito final, refira-se, também os jogadores e o treinador foram insultados e ameaçados, ao relvado, pelos próprios adeptos.
A podridão no entanto, não termina aqui. Na mais recente derrota do Sporting CP (na Bélgica), não só os jogadores foram visados com petardos no relvado como o presidente da agremiação foi duramente insultado nas ruas de Bruges.
É tudo tão triste, tão poucochinho. E revoltante. Ainda mais quando sabemos que, também do nosso lado, há quem veja o futebol com estas palas, com mais gosto pela violência do que pelo desporto."
Ricardo Santos, in O Benfica
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