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sábado, 27 de outubro de 2018

Apuramento possível mas menos provável

"Há algo no sentimento de Rui Vitória que gostava que fosse verdade: o sentimento de injustiça e que os jogadores vão mostrar revolta no Jamor

O Benfica mantém um apuramento possível na Liga dos Campeões, mas deixou de ter provável. Ganhar ao Ajax em casa, por mais de um golo, é a única matemática interessante nestas contas com difíceis algoritmos europeus. Há, no entanto, algo no sentimento de Rui Vitória que eu, mesmo desconfiado, gostava que fosse verdade, quando refere que o Benfica (os seus jogadores) ficaram com um sentimento de injustiça, e no próximo jogo (contra o Belenenses) vão mostrar essa revolta. De facto o jogo de amanhã no Jamor é o mais importantes desta semana. Uma vitória, uma boa exibição e três pontos cimentam o maior objectivo da época.
Custou mais o golo de Chaves aos 90+3, que o golo de Amesterdão aos 90+2 (embora ambos evitáveis), até porque na Holanda jogamos melhor. Mas não há vitórias morais, nem meias derrotas, perdemos o último jogo e queremos vencer o próximo.
Grande jogo de Conti em Amesterdão. Não pode um lance menos conseguido apagar um valor mais que seguro.
Em Amesterdão ficou mais claro algo que repito aos meus amigos com frequência: com Vlachodimos na baliza ano passado e este ano lutávamos pelo hexa. Assim vamos ter que segurar o Alemão/Grego mais seis anos para alcançar o mesmo objectivo.
Amanhã frente ao Belenenses jogamos o jogo que na última época começou a ditar a perda do campeonato.
Lembrar o resultado do Restelo da última época, pode evitar problemas no Jamor este ano, onde para o Benfica, ao contrário de outros, ninguém telefona a gritar penalty ao minuto 90+4. Ao contrário do que alguns títulos envenenados sugerem, amanhã não é para poupar, amanhã é para ganhar.
O estádio da Luz festeja 15 anos, e o Benfica pediu vários testemunhos aos jogadores que marcaram a história do estádio. Numa constelação de testemunhos estrelas, Pablo Aimar destaca com palavras mágicas. Disse: «O tempo parece parar quando os adeptos cantam o hino». O astro argentino é um de nós, sente como qualquer um de nós e vive como nós um clube que é também seu. Faz até sentido alguém imortal como Aimar sentir o tempo parado, pois só esses o podem sentir assim... Obrigado Aimar, por isso durante tantos anos cantamos «Pablito Aimar que a glória voltará, como Eusébio e Rui Costa outro 10 imortal». Isto não é só para quem quer, é para quem sente."

Sílvio Cervan, in A Bola

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