"2015 acaba com contratos fabulosos sobre direitos de transmissão e outros que quase atingem € 1.500 milhões.
Como sempre, dois pontos emergiram: um, o Benfica ser o pioneiro (foi assim, com o seu canal, o museu e outras inovações); o outro, a obsessão de os seus oponentes terem sempre como bitola o que é alcançado pelo SLB. O SCP até juntou alhos com bugalhos para dizer que é o melhor, como se fossemos todos uns indigentes mentais.
Com serenidade e quando soubermos todos os pormenores, ver-se-á, tudo somado e discernido, que o SLB é mesmo o primeiro. Aliás se o mercado reflectisse fielmente as audiências dos 3 (como deveria) a distância seria maior.
Com estes contratos, quem sofre é a competitividade da nossa débil Liga. Tanta discursata de solidariedade e, no fim, o fosso aumentará.
Como benfiquista, fico satisfeito. Como português, fico preocupado. O país onde há centenas de milhares de desempregados, onde o salário médio é dos mais baixos da Europa, onde 20% da população é pobre, vai olhar para este eldorado com espanto. Um pouco abaixo da rica Alemanha e da França (per capita, nem vale a pena falar...). Bem sei que este aumento o é, também, por boas razões: acabou o privilégio monopolista de uma entidade intermediária (para o que muito contribuiu a Benfica TV) e passámos a ter um cheirinho de mercado, ainda que imperfeito, através de um duopsónio das operadoras de telecomunicações.
Falta saber a factura final: a do consumidor. Porque não há contratos fabulosos grátis. O que há é um terceiro pagador que não é ouvido nem achado."
Bagão Félix, in A Bola
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