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terça-feira, 17 de março de 2020

Caldas da Rainha, capital do Benfica

"A Casa do Benfica nas Caldas vestiu as ruas da sua cidade de encarnado durante três dias.

'A alma do Benfica sempre foi e sempre deverá ser a sua massa associativa', lê-se na nota introdutória, assinada pelo presidente Borges Coutinho, no Relatório e Contas de 1972. A expressão máxima dessa simbiose entre Clube e sócios ocorreu em Julho de 1972, durante o I Encontro Nacional do Benfica, um evento inédito no desporto português, organizado pela Casa do Benfica nas Caldas da Rainha.
Sem olhar a esforços e com o apoio do Clube, da Direcção-Geral do Turismo e da Câmara Municipal caldense, a cidade da Estremadura viveu uma das mais grandiosas manifestações de 'ideal clubista'. Com o objectivo de se conhecerem e mostrarem a todos 'que somos realmente uma família', o evento reuniu representantes do Benfica além e aquém-fronteiras que fizeram das Caldas da Rainha a capital do Benfica durante três dias.
O vasto e aliciante programa incluía desfiles de núcleos benfiquistas pelos vários pontos da cidade, colóquios onde se discutiram as relações sociais e desportivas do Clube, concursos de cinema amador, sardinhadas na mata Rainha D. Leonor regadas a água-pé e até ofertas para os participantes que se deslocassem à cidade com o meio de transporte mais original!
O ponto alto do Encontro foi a Noite de Chama Benfiquista, um sarau artístico que decorreu no recinto desportivo do Caldas SC, o Campo da Mata. A noite começou com a actuação do coro da Universidade de Ohio (EUA), composto por 150 jovens, seguida de interpretações de folclore da Suíça, Itália, França e Portugal, pelo Orfeão do Benfica. Houve também um momento de leitura de poesia acerca da cidade das Caldas da Rainha e uma actuação memorável de Fernando Tordo. A noite fechou com uma fogueira 'vibrantemente «à Benfica»', ateada pelos campistas do Clube.
Este evento, 'que beneficiou o desporto e o turismo', foi a confirmação de que o Sport Lisboa e Benfica não se confina aos limites da capital e que mesmo os sócios que vivem distanciados do centro 'mantém bem alta e viva a imorredoura chama benfiquista'. Para casa, o Benfica trouxe um emblema com o brasão das Caldas da Rainha, a Medalha de Mérito Desportivo da cidade, com a qual foi agraciado, e 50 mil escudos que conseguiu angariar para a construção da Cidade Desportiva.
Para saber mais sobre o associativismo do Clube, visite a área 16 - Outros Voos, no Museu Benfica - Cosme Damião."

Marisa Furtado, in O Benfica

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