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quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Quando for grande quero ser como o Crist… como a Kika


"Francisca Nazareth. Muito mais do que o futuro da Seleção Nacional, Kika é o presente. De uma equipa de mulheres que tem lutado por um espaço na história de um desporto que nem sempre foi justo para elas. De uma equipa de mulheres que ao longo da última década tem mostrado aos demais comuns mortais que no futebol, como na vida, não há impossíveis.
Francisca Nazareth. É o nome que mais salta à vista na ressaca de um dia absolutamente histórico para Portugal. Ou quase histórico. A equipa das quinas ainda não está no Campeonato do Mundo de 2023, em virtude de um complexo sistema de apuramento. Ora vejamos.
O segundo lugar na fase de grupos de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2023, apenas atrás da vice-campeã europeia Alemanha, seria suficiente para Portugal carimbar o passaporte para a Austrália e Nova Zelândia? Não.
E uma vitória sobre a Bélgica no play-off de acesso ao Mundial, contra uma seleção que tem como referência a melhor marcadora da fase de qualificação Tessa Wullaert, era capaz de servir? Também não.
Calma, mas um expressivo triunfo contra a Islândia, número 14 do ranking mundial, devia chegar, certamente, não? Hmm, não.
Portugal vai ter de disputar esse lugar num play-off intercontinental em fevereiro do próximo ano na Nova Zelândia. No outro lado do Mundo. Há uns anos diriam que era impossível, hoje está a acontecer à frente dos nossos olhos.
Por culpa da Francisca Nazareth. Da Andreia Norton. Da Tatiana Pinto. Da Diana Silva. Da Carole. Da Carolina Mendes. Da Dolores. Da Ana Borges. Da Jéssica Silva. E de tantas outras que hoje defendem e elevam as cores de Portugal ao mais alto patamar da Europa e do Mundo.
Mas não nos esqueçamos da Carla Couto. Da Edite Fernandes. Da Cláudia Neto. Da Carla Cristina. Da Maria João Xavier. Da Paula Cristina. Da Alfredina Silva. E tantas, mas tantas outras pioneiras.
Foram elas que escreveram os primeiros capítulos desta história. Não estiveram em Europeus, nem em Mundiais, numa época em que era impensável sequer sonhar com isso, mas venceram à sua maneira. Lutaram contra preconceitos bacocos, olhares desconfiados e abriram caminho para esta geração de ouro escrever o mais bonito dos capítulos.
Francisca Nazareth. É o sinónimo perfeito de sonho e ambição. De vontade e paixão. De golo e emoção. Kika é esperança, é presente e futuro de Portugal.
Hoje, muitas jovens sonham em ser como a Kika, como a Ana Borges, como a Tatiana Pinto, como a Norton... Felizmente, podem dizê-lo de viva voz, sem qualquer tipo de vergonha. Zero. Essa é uma das grandes conquistas deste grupo liderado por Francisco Neto.
A outra será a presença no Mundial."

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