"Um jogador do Famalicão, formado no FC Porto, demonstra uma inusitada agressividade na partida da Taça com o Benfica antes do clássico, só não lesionado um ou mais jogadores encarnados porque o destino assim não quis.
Um jogador do Gil Vicente, formado no FC Porto, força o cartão amarelo para limpar o castigo em jogo contra um adversário directo, e poder actuar frente ao Benfica na jornada subsequente.
Um jogador do Portimonense, com vários anos de FC Porto, atira um penálti para a bancada do Dragão, saindo de campo sob aplausos dos adeptos portistas.
Um jogador do V. Setúbal afirma que não se importaria de perder todos os jogos até final do campeonato desde que ganhasse ao Benfica.
Tudo isto se passou nas últimas semanas, e, sem questionar o profissionalismo dos atletas - até porque as situações não são iguais -, eu gostaria de saber o que se ouviria por aí se acontecesse o contrário, ou seja, se em vez de FC Porto lêssemos Benfica e vice-versa.
O futebol português anda doente. Não só dentro do campo, onde um exagerado desfile de clubes, irrealista face à dimensão do país, finge que existe, finge que tem adeptos, finge que paga salários e finge que joga. Mas sobretudo fora do campo, onde comunicação social e comunicação dos clubes por vezes se confundem numa guerra em toda a linha visando o Benfica - talvez por ser o maior clube, talvez por ser o campeão, talvez por ser tão invejado pelos rivais. É uma espécie de todos contra o Benfica.
A única resposta possível é vencer. É encontrar força nos ataques e colocá-la em campo. Só aí conseguiremos ser melhores. É aí que lhes dói."
Luís Fialho, in O Benfica
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