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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Um golo, não a vitória

"As contas do Benfica, já se esperava, foram boas, com um lucro recorde no futebol português. Algo anunciado, após uma temporada em que foram transferidos Gonçalo Guedes, Hélder Costa, Ederson e Lindelöf, entre outros - faltam ainda as vendas de Nélson Semedo e Mitroglou, que só entrarão no final do exercício actual.
Mas há sinais que devem deixar alerta os responsáveis do clube da Luz. Para começar, o facto de o resultado com direitos de atletas ser menos de metade do valor recebido por vendas. Entre gastos associados às vendas de jogadores, entre os quais estão as comissões, e as amortizações e perdas de imparidade (custo actual dos futebolistas contratados) são mais de 60 milhões de euros.
O grande aumento dos custos com pessoal, onde se incluem os salários de jogadores, treinadores e estrutura, é algo que deve ser também olhado com cuidado. No Benfica, esta rubrica passou de 61,5 para 74,7 milhões de euros. Para se ter uma ideia, na época 2015/16, FC Porto chegou aos 75,8 milhões de euros (ainda que sem prémios por vitória na Liga) e anunciou a intenção de reduzir este valor em 20 milhões.
A redução do passivo em pouco mais de 17 milhões de euros acaba, por isso, por ficar algo abaixo das expectativas criadas. É certo que a tendência, pelo desinvestimento na equipa principal neste defeso e pelas vendas já feitas, é manter a redução da dívida nos próximos exercícios. Os adeptos querem festejar golos, mas muito do futuro do Benfica joga-se nestes comunicados à CMVM. Este foi um golo, mas não garante a vitória."

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