"A vitória e, sobretudo, a excelente exibição alcançadas perante o SC Braga - que se afirmava como candidato ao título - devolveram a confiança à nação benfiquista.
Foi um regalo ver o Benfica a correr, a lutar como se não houvesse amanhã, e a conquistar cada bola na raça e na concentração competitiva. O talento fez o resto, designadamente quando David Neres, com um passe magistral, isolou a velocidade de Rafa, e a bola acabou no fundo das redes.
Faltou uma maior eficácia concretizadora (pecado que tem sido comum nos últimos tempos), para que o resultado final fizesse justiça e tudo aquilo que es verificou em campo. Muitos disseram depois que o SC Braga jogou mal, que desiludiu, que esteve irreconhecível. Como sabemos, uma equipa joga o que a outra deixa jogar, e desde o primeiro minuto que o conjunto de Roger Schmidt asfixiou o seu adversário, mostrando que é, sem sombra de dúvida, o melhor do país.
Depois de uma semana negra com três derrotas consecutivas, e de alguma angústia que então se abateu sobre todos nós, a confiança foi reconquistada. Mas o título ainda não.
Em Portimão joga-se mais uma final, e creio ser nesta que os nossos adversários directos na luta pelo 1.º lugar (doravante apenas o FC Porto) apostam agora as fichas todas. Temos por diante em campo difícil, uma equipa complicada, e um momento decisivo. Perder pontos em Portimão significa ter de os ganhar em Alvalade, voltarmos à inquietação e às dúvidas, alimentarmos a especulação mediática e a esperança dos rivais. Esta é, pois, uma final, mas talvez ainda mais final do que as outras.
PS: Não podia deixar de referir os títulos nacionais de futebol feminino, voleibol masculino e, também, polo aquático feminino. Esperamos que seja apenas o princípio de um mês glorioso, no futebol e em todas as modalidades."
Luís Fialho, in O Benfica
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