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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

SL Benfica e Pizzi | Um divórcio (há muito) anunciado


"O clube da Luz fica a ganhar ou a perder com a sua saída?

Com contrato com o SL Benfica até Junho de 2023, Luís Miguel Afonso Fernandes, conhecido por Pizzi no mundo do futebol, foi emprestado aos turcos do Başakşehir até final da temporada.
O médio, de 32 anos, foi um dos impulsionadores do SL Benfica na última década, tendo apontado em sete épocas e meia, 94 golos e feito 92 assistências em 360 jogos. Pizzi ajudou ainda a conquistar dez títulos, entre eles quatro campeonatos nacionais, uma Taça de Portugal, duas Taças da Liga e três Supertaças.
Com a regularidade a ser um dos seus pontos fortes, Pizzi foi sempre visto com uma espécie de centro nevrálgico no jogo das águias, e sempre foi determinante na dinâmica da equipa, desde que chegou em 2014, para substituir um peso pesado chamado Enzo Pérez, como “número 8” do meio campo encarnado.
E agora que saiu, ficará o SL Benfica a perder ou a ganhar com a sua saída? A meu ver a resposta é simples, fica a perder. E é fácil encontrar justificação: Não há no plantel das águias ninguém tão influente ou com potencial para se assemelhar ao que Pizzi deu nos últimos anos.
Para se ter uma noção, João Mário, transferência de maior relevo para o meio campo do SL Benfica para esta época, em 34 jogos – 2555 minutos – tem apenas três golos e cinco assistências. Pizzi, mesmo nesta época tendo jogado 30 jogos – 943 minutos – conseguiu dois golos e quatro assistências.
O que quer dizer que Pizzi numa época em que jogou pouco mais de três centenas de minutos no campeonato, conseguiu um golo e três assistências, enquanto João Mário em 1373 minutos tem dois golos e duas assistências. Números virtualmente iguais.
Veja-se por onde se quiser ver, Pizzi será sempre uma das pedras basilares da ressurreição das águias nos últimos 8 anos, e um dos responsáveis pela reaproximação ao FC Porto e equilíbrio no número de campeonatos.
Com a sua saída, o SL Benfica perde qualidade na posse da bola, acerto no passe e qualidade na construção ofensiva. E para se ver a importância desses fatores, basta verificar a quantidade de vezes que a equipa perde a bola nesta época. A meu ver, esse facto não é alheio à ausência do jogador.
Concluindo a minha ideia, Pizzi já não era obviamente o mesmo de outros tempos. Mas ainda assim, e tendo marcado 16 golos e feito seis assistências na época passada, ainda era um fator de qualidade na equipa e um dos elementos com mais mística no plantel.
A passagem de testemunho teria de ser sempre feita, claro está, mas isso não aconteceu. O meio campo do SL Benfica ficou órfão de um dos melhores executantes de passes para golo dos últimos tempos, sem antes se ter acautelado com um substituto. Haverá lugar a arrependimento? A ver vamos."

1 comentário:

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