Últimas indefectivações

sábado, 1 de janeiro de 2022

Um ano para digerir


"Não foi o ano que desejávamos em termos de futebol masculino do Sport Lisboa e Benfica. Os resultados não estiveram ao nível da qualidade do plantel e de quem o dirige. Às vezes, é mesmo assim, em especial quando se está numa modalidade tão singular como esta. Em especial em Portugal, onde o que se passa fora dos relvados é mais importante que o desporto em si. Não vale a pena fingirmos que não é, porque é.
Até horas de emissão de televisão e rádio, as páginas de jornais impressos e online, as caixas de comentários, a blogosfera, todos estes meios - com honrosas exceções - dão muito mais relevância ao jogo sujo, às tricas, castigos, contratações, erros de arbitragem, declarações polémicas, tribunais e investigações do que a golos de bandeira, rabonas, trivelas, carrinhos no último minuto, defesas impossíveis e jogadas a roçar a perfeição.
O que interessa - o que vende - é o sangue, a discussão, o acirrar de posições. E se o Sport Lisboa e Benfica estiver metido ao barulho, tanto melhor. Neste campo, tal como no número de adeptos, presença geográfica ou lucros de merchandising, não haja dúvidas: o Benfica é maior do que Portugal. E vai continuar a sê-lo em 2022.
O ano que entra é novo, mas a época desportiva vai a meio, e ainda há muito para fazer a disputar. Já não estamos em todos as frentes e não dependemos apenas de nós, mas enquanto adeptos temos de sentir que, no campo, a vontade é maior que a de quem está na bancada e no sofá. Nunca dizemos que não, e estamos sempre lá a puxar pela equipa, mas, deste plantel - e de todos os outros, passados e futuros -, aquilo que esperamos é que também puxe por nós. Com garra, com vontade, com inteligência, astúcia, malandrice sempre que for preciso, com a excelência que estes jogadores e equipa técnica já mostraram em tantas outras ocasiões. É só isso. Excelência. Isto é o Sport Lisboa e Benfica."

Ricardo Santos, in O Benfica

1 comentário:

  1. Temos de criticar o que vai mal (e tanto é!) no nosso clube, Ricardo. O grau elevado de exigência, uma marca do benfiquismo, não pode desaparecer. É uma obrigação de qualquer benfiquista e, sustento, mais ainda dos que pisam os palcos da opinião.

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