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terça-feira, 16 de junho de 2015

Cultura de exigência

"É dos mais novos treinadores a ser campeão de futsal em Portugal. Joel Rocha, aos 33 anos, encheu de alegria milhares de benfiquistas com a conquista do título, fazendo uma abordagem diferente quando contextualiza as suas ideias sobre a modalidade em Portugal. A nova vaga de treinadores portugueses, a que se junta Nuno Dias, do Sporting, acrescenta um discurso interessante, bem sustentado, equilibrado e que soa bem ao ouvido.
A cultura de exigência não foi adquirida no Benfica. Quando o ano passado estava à frente do Fundão, levando o clube à conquista da Taça de Portugal, Joel Rocha encheu o coração dos jogadores da Beira Interior. 'Todos os jogos são do nosso campeonato', repetiu várias vezes o técnico. Frases que fizeram todo o sentido e que tiveram o efeito prático com a envolvência da equipa a ser um quebra-cabeças quando defrontava os chamados grandes.
Não demorou muito tempo a que o Benfica fizesse uma proposta tentadora. Sem qualquer tipo de receio, o desafio era muito maior que a zona de conforto. E para quem nunca foi um praticante de excelência, a paixão pelo treino e por todo o envolvimento das suas componentes pedagógicas falou mais alto. A experiência que teve como técnico de uma equipa feminina de futsal e o facto de ter sido professor de educação física numa escola referenciada numa zona bastante problemática em Lisboa terão ajudado a construir as paredes mestras como formador de jovens.
A cultura de exigência preconizada pelo Benfica - e que tem sido consolidada nos últimos anos - também tem possibilitado novas experiências para os seus responsáveis técnicos. Já lá vai o tempo em que os dirigentes aprovavam contratações avulsas, mas nessa altura não havia sequer o devido enquadramento técnico. Agora, as responsabilidades são outras e este conceito também se aplica tanto ao Sporting como ao FC Porto. O problema é saber chegar ao sucesso reduzindo a margem de erro. E para que isso seja uma realidade os clubes têm de falar a mesma linguagem nos mais diversos escalões. No fundo, quem tiver mais dinheiro está mais perto de ter sucesso, mas se o treinador não conseguir gerir os egos ao longo da temporada arrisca-se a não fazer parte da história."

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