"Rui Vitória foi, enfim, oficialmente apresentado como treinador do Benfica. Cerimónia curta e simples, embora digna, como seria aconselhável para um evento que não trazia impacto pela novidade.
Importante assinalar o discurso responsável e pleno de maturidade do novo treinador. Satisfação sem euforias, optimismo sem promessas vãs, afirmação de uma linha de aproveitamento de jogadores jovens, mas sem fundamentalismos.
Não menos importante e interessante o discurso de Luís Filipe Vieira. Pelo lado quase intimista que procurou usar, numa mensagem de «bom regresso a casa» a um treinador que já trabalhou nos escalões jovens do clube e, acima de tudo, pela dimensão elevada e pela dignidade como agradeceu a Jorge Jesus os méritos na ajuda ao crescimento dos últimos seis anos do Benfica.
Pode pois dizer-se que a apresentação de Rui Vitória foi injustificadamente tardia, mas teve a compensação de declarações inteligentes e bem ponderadas dos principais protagonistas.
A partir de agora, Rui Vitória entrará numa nova e especial fase da sua prometedora carreira. Na geração dos jovens treinadores portugueses, Vitória será um dos que têm tido resultados de sucesso mais consistente, sem nunca ter mostrado qualquer ambição mediática. O Vitória de Guimarães, onde fez, de facto, um trabalho notável, trouxe-lhe um patamar de clube médio, mas exigente. Surge, agora, o Benfica e Rui Vitória sabe que isso significa que a fasquia sobe muito, sobretudo ao nível da pressão do dia a dia. É a fronteira que todos os grandes treinadores têm de saber passar."
Vítor Serpa, in A Bola
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