"Fantástica campanha do Vitória de Guimarães na UEFA, um exemplo perfeito de uma equipa muito bem construída, trabalhada e com química para jogar muito bom futebol
Que dirá hoje a Liga Portugal sobre a injustiça de os resultados conquistados na Liga Conferência terem a mesma valorização no ranking que Liga dos Campeões e Liga Europa? O Vitória de Guimarães, que tem praticamente garantido o apuramento direto para os oitavos de final da terceira competição da UEFA, é esta temporada o emblema português que mais pontos conquistou e o maior responsável para que a distância para os Países Baixos esteja agora em 2,109 pontos.
Os neerlandeses podem estar em vias de serem obrigados a devolver o 6.º lugar conquistado a Portugal em 2022/23 e que garante duas entradas diretas na Liga dos Campeões, embora ainda seja uma distância algo considerável nestas andanças. Basta lembrar que cada triunfo vale dois pontos, mas estes são divididos pelo número de equipas que cada país qualificou para as três competições.
Argumentos para defender o indefensável à parte – de que o campeonato português é mais competitivo do que a Eredivisie e que a culpa da descida de patamar é da Liga Conferência –, mérito para uma campanha de grande valor dos vimaranenses. Sem grandes estrelas, mas com jogadores de qualidade, que sabem tratar bem a bola, têm química entre si e sabem gerir os vários momentos de cada encontro, fruto também do trabalho de um Rui Borges que já tinha dado sinais de competência em Moreira de Cónegos, o Vitória tem sido uma das boas novidades da nova temporada.
A maior parte das pessoas terá sido alertada para o bom futebol dos minhotos apenas na visita à Luz, em que ameaçou quebrar o ciclo de triunfos do Benfica na Liga, porém a qualidade tem sido visível em muitos outros momentos. Ainda se nota alguma inconsistência aqui e ali, fruto da irregularidade própria de algumas das suas principais figuras, sobretudo do meio-campo para a frente, e de um plantel que embora bem construído não pode esticar para cobrir todas as ambições. Talvez por isso o lugar que o clube ocupa na Liga ainda não seja aquele que merecem nomes como Villanueva, Borevkovic, Tiago Silva, João Mendes, Nuno Santos, Thomas Handel e Kaio César, entre outros.
O belo segundo golo em Saint Gallen merecia correr mundo e ser visto e decalcado por todos os miúdos ainda em formação. É o exemplo perfeito de como uma transição defesa-ataque pode ser desenhada de forma brilhante, ao primeiro toque e com objetividade. A assinatura ideal para esta equipa."
Luís Mateus, in A Bola
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