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sábado, 2 de novembro de 2019

Depressão ou euforia

"Quando Lage muda meia equipa e perde é o pior treinador do mundo, quando muda meia equipa e ganha é o génio da lâmpada

Quando Bruno Lage muda meia equipa e perde um jogo é o pior treinador do mundo, quando muda meia meia equipa e ganha um jogo é o génio da lâmpada. Não há paciência para tantos comentadores dos jogos realizados. Contra a corrente, lembro que o Benfica fez um bom jogo contra o RB Leipzig e perdeu. Não fez o melhor jogo do mundo contra o Portimonense e goleou.
Bruno Lage conhece melhor do que ninguém os seus jogadores e sabe quem (e quando) está em melhores condições para jogar em função daquilo que pretende do jogo.
Mau momento para o Antibenfica que já vendia jornais com novos líderes e se viu confrontado com um clube chamado Benfica que tem a melhor defesa, o melhor ataque e ocupa a liderança do campeonato. Ainda assim não há qualquer razão para euforias ou para deslumbramentos até porque o jogo contra o Rio Ave de amanhã é muito difícil e leva data de pesadelo. Foi a 2 de Novembro de 2018 que na Luz contra o Moreirense (1-3) pensámos ter deixado fugir um título que Bruno Lage e os seus jogadores mais tarde resgataram no Olimpo. A data é dura, o momento é sério, o jogo é difícil e mais importante que o de terça-feira em França.
O Benfica tem que se habituar a viver fora da depressão ou euforia em que o espaço mediático sempre o coloca. Os títulos que procuramos não são os dois jornais, são os troféus que somam conquistas. No Benfica nunca há meio termo, porque a moderação e responsabilidade não vendem.
Carlos Vinícius, que até quarta-feira tinha sido o esbanjar de 17 milhões de euros num acto de péssima gestão para os especialistas de lugares-comuns e banalidades, é agora a última Coca-Cola no deserto. Não é uma coisa nem outra. No Benfica a notícia não são os onze que jogam são os onze que não jogam. No Benfica a notícia não são os avançados que marcam golos, são os avançados que não jogam, enquanto os colegas marcam golos.
A melhor notícia da semana foi o regresso de Chiquinho. Entrou bem em Tondela e fez uma boa exibição contra o Portimonense. Chiquinho é uma dessas esperanças que não enganam, vai estar ali um dos melhores jogadores desta Liga.
Ontem à noite, no jantar de aniversário do Estádio da Luz, bonita homenagem a um grande benfiquista, sem o qual não havia estádio, meu colega numa Direcção do Benfica de tempos difíceis, Mário Dias. Mário Dias é um nome do passado, do presente e do futuro do Benfica."

Sílvio Cervan, in A Bola

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