Últimas indefectivações

sexta-feira, 29 de abril de 2016

O melhor pode não ganhar

"Esta Liga está de tal forma emocionante, disputada e desequilibrada que no final qualquer um dos dois candidatos pode fazer a sua melhor pontuação de sempre e... não ser campeão. Neste momento, o máximo de pontos alguma vez acumulado por uma equipa foi 86 (FC Porto, 2002/03, treinado por José Mourinho), isto contando apenas com os campeonatos de vitórias a três pontos (desde 1995/96, vamos na 21.ª edição).
O líder Benfica pode superar o seu melhor registo (85 pontos, 2014/15, treinado por Jorge Jesus), acabar a prova com 86 pontos e ver o título fugir para Alvalade. O feito de Rui Vitória passaria logo para um plano muito secundário. Como, por outro lado, o bicampeão tem, também, boas possibilidades de estabelecer o novo máximo dos campeonatos: 88 pontos, se vencer os três desafios que faltam. Tal pontuação significaria garantidamente o tricampeonato e um lugar na história ao treinador.
O Sporting, neste momento, já igualou o seu maior acumulado histórico (77 pontos, 1999/2000, treinado por Materazzi e depois, por Augusto Inácio), pelo que basta um empate a Jesus para se tornar no técnico que mais pontos deu aos leões (por aqui também se pode medir a diferença entre os dois rivais). Seja como for, o 2° classificado ainda está em posição de atingir os 86. Seria o melhor resultado da carreira de JJ e repetiria o registo de José Mourinho. No entanto, todo esse feito pode terminar apenas como nota de rodapé na história da Liga caso o título volte a ser entregue pela 3.ª vez consecutiva na Luz.
Existem duas boas explicações para o facto de tais recordes estarem a ser batidos ao fim de tantas edições da Liga. Em primeiro lugar, o campeonato a que estamos a assistir é apenas o 13° com 34 jornadas e vitórias de três pontos. Por outro lado, a degradação competitiva tem-se acentuado nos últimos 5 anos, com os três grandes a fazer crescer os seus orçamentos para valores impensáveis até há pouco tempo e todos os outros a reduzi-los ou, no máximo, a mantê-los. Basta atentar no aumento brutal do número de goleadas (vitórias por mais de 3 golos) conseguidas em 14/15 e 15/16 pelos grandes, em comparação com as três Ligas anteriores: mais de 100 por cento!"

1 comentário:

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