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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Um Festival de Luz e Ritmo

"O Benfica quis ir além da actividade desportiva e transformou o Estádio da Luz numa sala de espectáculos notável.

Os anos 80 foram os anos do rock, e Portugal não foi excepção. No Verão de 1988, o Benfica decidiu tirar partido do seu parque desportivo para realizar, pela primeira vez, um Festival de música: o Festival Rock Benfica 88. Com o apoio da Sociedade Portuguesa de Espectáculos, esperava-se um Festival memorável.
Contudo, muitos não partilhavam o entusiasmo, incluindo alguma imprensa especializada que ia dando como certo o fiasco, ponto em causa a participação de Bryan Adams no Festival. Mas a presença do cantor já estava confirmada, tendo feito a sua primeira aparição um mês antes do evento, na apresentação oficial do Festival, dando um pequeno concerto para cerca de 1500 pessoas.
Os críticos apontavam também para uma provável falta de adesão do público. Para contrariar essa tendência, a organização apelou à presença dos benfiquistas em massa e criou a campanha 'Um atleta um bilhete', que possibilitava a ida dos atletas mais jovens do Clube ao Festival. Cada sócio que não tencionasse ir teria a oportunidade de contribuir para o seu sucesso, comprando um bilhete que, por indicação expressa, seria oferecido a um atleta.
Críticas à parte, a 8 de Julho houve espectáculo! Mesmo com tempo de praia, '(...) muita gente jovem, tal como se esperava, aderiu a esta iniciativa participando e vivendo o espectáculo à sua maneira. Quer no palco improvisado no relvado, quer (...) nas bancadas do terceiro anel, os jovens emprestaram o seu corpo aos mais de 90 mil watts de som que se misturaram com cerca de um milhão de watts-luz. Um espectáculo dentro do próprio espectáculo'.
O primeiro grande momento foi a entrada da banda UHF, que apresentou algumas canções do seu álbum Noites Negras de Azul. Seguiu-se Bonnie Tyler, que fez vibrar os milhares de espectadores com a sua voz rouca e provocante. Subiram também ao palco os grupos The Saxon e Special Affair, mas o que todos queriam mesmo era Bryan Adams. O músico canadiano cantou e encantou com os seus sucessos musicais e, a fechar, ainda houve tempo para um dueto com Bonnie. A multidão delirou! Terminou assim uma noite única que os participantes nunca iriam esquecer.
Na área 16. Outros voos do Museu Benfica - Cosme Damião, encontram-se mais ligações entre o Clube e a Música."

Débora Cardoso, in O Benfica

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