Últimas indefectivações

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Artur Moraes

"Há tempos, falei aqui da gratidão. Ou melhor, da ingratidão. Volto ao tema, mas agora pela positiva. Falando de Artur Moraes que terminou o seu contrato de 4 anos com o Benfica e vai para um modesto clube turco. Na Luz, passou por momentos empolgantes, sobretudo na 1.ª época (2011/12), com portentosas exibições, como a do play-off da Champions contra o Twente. Na 2.ª época, ficou marcado por um título perdido no fim dos fins, em que muitos tiveram responsabilidade, mas em que os olhares fulminantes de culpa se voltaram apenas para ele. Aliás, naquela altura, não se cuidou suficientemente de acompanhar o drama pessoal do homem que está sempre antes do futebolista.
Na 3.ª época, é substituído, a partir de uma lesão em Olhão, por um novato tão competente, quanto ultra ambicioso: Oblak. Sem um murmúrio de Artur. Vem a sua última época e volta a ser suplente do consagrado Júlio César, depois do golo consentido contra o Sporting, na Luz. Quase humilhante foi a correnteza de opiniões quando ele voltou à baliza por lesão de Júlio César. Na véspera do jogo de Alvalade, parecia que o SLB iria jogar apenas com 10. Mas ele soube ultrapassar esse handicap, com carácter, brio e competência.
Partiu para a Turquia. Agradecendo os seus tempos no Benfica. Sem azedume. Com gratidão. Jogar futebol não é só dar chutos ou defendê-los em jeito de contador monetário.
Prefiro um razoável jogador como Artur a um melhor jogador como Maxi Pereira. A este não nego categoria e não me esqueço do que foi no Benfica. Pena é que ele se esqueça de que foi o Benfica que o inventou. Na despedida, Artur foi Maxi e Pereira foi Mini."

Bagão Félix, in A Bola

4 comentários:

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