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terça-feira, 30 de abril de 2013

Um passo de gigante para o título

"Vitória na Madeira torna Benfica "mais" favorito.
Era o grande teste que faltava cumprir aos encarnados antes da visita ao Dragão. Uma eventual escorregadela na ilha tornaria decisivo o "clássico", mas com os quatro pontos a manterem-se de permeio entre os candidatos, o jogo grande arrisca-se, afinal, a ser pequeno, a menos que o "pequeno" Estoril que se segue se árvore em grande e ainda venha a causar problemas. Dos grandes. Mas o melhor é mesmo aguardar pelos próximos episódios.
Para a operação-Funchal, o Benfica não contou com Gaitán nem Melgarejo e Cardozo só jogou a última meia hora. O momento é de contenção, como se sabe, e o Fenerbahce está já aí para a "réprise". Jesus continua a fazer a gestão de recursos, mas não se pode falar em "revolução do plantel", como o técnico havia anunciado. As alterações foram mínimas e, pelos vistos, chegaram para as necessidades.
Começou o Benfica num 4.1.3.2 ambicioso, com Rodrigo e Lima na frente, tendo o apoio de Enzo, e Salvio e Ola John nas alas. Logo aos 5', a fortuna bateu-lhe à porta, com Márcio Rozário a fazer uma tão clara quanto desnecessária grande penalidade sobre Lima. O brasileiro abriu a porta, que é como quem diz, não falhou a transformação e, desta forma, ainda sem ter feito grande coisa para a merecer, a equipa da Luz viu-se em vantagem.
Ficou "encadeado" o Benfica com a proeza? A verdade é que foi o Marítimo a mostrar-se mais empreendedor, como ficou à vista, logo a seguir, num remate do mesmo Márcio ao poste da baliza de Artur. O que parecia ter sido apenas um indício do atrevimento insular constituiu, afinal, o prelúdio de uma fase de franco assédio dos homens da casa.
O meio-campo do Marítimo denunciava solidez e frescura, perante um Benfica que, concedida a iniciativa do jogo, se mostrava mais dado a controlá-lo, agora que o resultado lhe era favorável. No entanto, as surtidas dos funchalenses, com um trio de ataque de respeito, iam deixando a sua marca, pelo que não surpreendeu o golo do empate, tantas foram as vezes que o Marítimo rondou com perigo a baliza de Artur. 
Uma entrada fulgurante de Igor (42'), a explorar alguma apatia dos encarnados na sua defensiva, ditou, por fim, o 1-1 e ficou tudo adiado para uma 2ª parte que prometia. O intervalo e Jesus foram bons conselheiros, pois o Benfica soube arrepiar caminho e, como a Fénix, surgiu renascido das cinzas e pronto para o retomar da luta. Afinal, a equipa ainda tinha bons argumentos para esgrimir.
Lima foi a figura principal, ao assinar assistência de luxo a Rodrigo, e, depois, ao visar por duas vezes os ferros da baliza de Salin. Inconformado, Jesus lançou Cardozo na liça, saindo Ola John, e a consolidação atacante deu os seus frutos, se bem que por linhas tortas, pois um centro de Salvio foi interceptado por Igor para dentro das próprias redes.
Conseguida de novo a vantagem, Jesus voltou a mexer na equipa, fazendo segunda alteração, agora de reposição, digamos assim, uma vez que deixava de ser necessária a presença de três avançados. A hora era de aguentar, por isso saiu Rodrigo e entrou Carlos Martins. E a verdade é que o assunto ficou no 1-2, apesar de Pedro Martins, o técnico da casa, que já tinha apostado em David Simão, ter avançado, nos últimos minutos, com Danilo e Fidélis para o reforço ofensivo. Mas aí falou mais alto a retaguarda visitante, onde Luisão reapareceu e Matic voltou a ser o suporte imprescindível.
Foi um triunfo merecido do Benfica, que, após uma fase de maior "adormecimento", soube reagir a contento (e a tempo), ficando à vista a boa leitura de Jesus, que esteve na base do tal ressurgimento encarnado."

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