"De repente, lembrei-me de Manuel Machado: um vintém é um vintém, um cretino é um cretino. Se assim é, fazendo um transfer, como agora se diz, um polícia é um polícia. Um polícia é alguém em quem confiamos. Alguém que, se quer montar uma armadilha, monta uma armadilha a sério, não monta armadilhas amadoras. Um polícia é, em tese, um homem íntegro. E um homem íntegro não monta armadilhas. Mas, se montar, monta bem. Não deixa rasto. Não deixar rasto é, por exemplo, ser minimamente esperto para que, bem depressinha, outros polícias não os apanhem (ou a alguém por nós) com a boca na botija. Um polícia é, ainda, alguém que não se julga acima da lei. Mas um polícia não é, sobretudo, cretino. Haverá polícias tão cretinos que montam armadilhas com vinténs? Bom, esperemos para ver. Mas, à primeira vista, há. Nem que sejam ex-polícias.
De repente, voltei a lembrar-me de Manuel Machado: um vintém é um vintém, um cretino é um cretino. Se assim é, fazendo novo transfer, um ex-dirigente é um ex-dirigente. E um ex-dirigente não diz, em princípio, cretinices. Como dizer que Luís Filipe Vieira é o pior presidente da história do Benfica. O pior presidente da história do Benfica tem três nomes, sim senhor, mas é Vale e Azevedo. O pior presidente da história do Benfica não ganha dois campeonatos em cinco anos: ganha zero. Como Vale. O pior presidente da história do Benfica não chega à meia-final da Liga Europa ou aos quartos-de-final da Champions. Como Vale não chegou. Nem Damásio. Ou Vilarinho. Mas há sempre quem, esperando ganhar vinténs no futuro, diga cretinices. Como dizer, repito, que Vieira é o pior de sempre."
Rogério Azevedo, in A Bola
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