"PP tomou posse como presidente da FPF a 24 de fevereiro. FG diz agora que o seu sucessor escolheu destruir o legado dos últimos 13 anos da FPF. Bom, ou o ego de PP quer mesmo destruir o que FG construiu ou o ego de FG acha que PP quer destruir o que ele construiu na FPF
Nem sequer se pode dizer que as comadres se zangaram e ficámos a conhecer as verdades. Primeiro, porque Pedro Proença e Fernando Gomes estão longe de ser comadres. Depois, porque não se zangaram: há muito estavam zangados. Porém, como aqueles casais desgastados por muitos anos de convívio e que, em público, dão as mãos e disfarçam a incómoda turbulência interna, PP e FG foram escondendo a má relação que há muito têm.
Porém, quando os inquilinos mudaram de casa, o ex-presidente da FPF teve direito a uma rua chamada, pomposamente, ‘Alameda Dr. Fernando Gomes’. Por que não ‘Alameda Ederzito António Macedo Lopes’? Ou ‘Alameda Eng. Fernando Manuel Fernandes da Costa Santos’? Ou ‘Alameda Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro’? Ou ‘Alameda campeões da Europa de 2016’? Pedro Proença não marcou presença na inauguração da Alameda e Fernando Gomes disse que «está presente quem quer estar presente». Ou seja, segundo FG, PP não quis ir.
Dias depois, Portugal fica a conhecer, espantado, o teor de uma missiva enviada por Fernando Gomes a presidentes de federações europeias: «Pedro Proença escolheu o caminho da destruição do legado que eu e a minha equipa construímos ao longo de treze anos, através de decisões e insinuações públicas que visam atacar o nosso bom nome e que, como se verá, são completamente infundadas». Não se sabe que decisões e insinuações serão. Talvez fiquemos a saber durante o 49.º Congresso Ordinário da UEFA, marcado para 3 de abril, em Belgrado, com as presenças de Pedro Proença e Fernando Gomes.
Pedro Proença deixou a Liga para ir para a Federação Portuguesa de Futebol e Fernando Gomes deixou a Federação Portuguesa de Futebol para ir para o Comité Olímpico de Portugal. A ida do antigo árbitro para a FPF é natural: é tudo futebol. A ida do antigo basquetebol para o COP não parece natural: quase nada é futebol. Mas Gomes foi e terá, decerto, condições para fazer um bom trabalho, pois não será fácil destruir o legado que José Manuel Constantino e a sua equipa construíram nos últimos 11 anos.
Proença tomou posse como presidente da FPF a 24 de fevereiro. Passaram apenas 36 dias e Gomes diz que o seu sucessor escolheu destruir o legado dos últimos 13 anos da FPF. Bom, um dos dois tem ego enormíssimo. Ou o ego de Proença quer mesmo destruir o que Gomes construiu ou o ego de Gomes acha que Proença quer destruir o que ele construiu na FPF. Como dizem os budistas: sem ego não há problema. Mas com ego há. E quem paga é o futebol português. E o olimpismo, já agora."
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