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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

O treinador e o psicológico

"Famalicão disse que o Benfica não digeriu a derrota no Porto. Problema ainda maior para a equipa de Bruno Lage seria a Luz dizer, depois de amanhã, que o Benfica continua a não estar psicologicamente curado desse trauma. Pode acontecer, até porque o SC Braga é um dos adversários mais perigosos e chega em momento de acesa ambição na luta pelo pódio.
Só as vitórias apagam os traumas das derrotas, mas elas são muito difíceis quando toda uma equipa não consegue superar o passado e libertar-se do peso do que poderia ter sido e não foi.
Mais do que um treinador táctico e explicativo, o Benfica parece estar a precisar de um psicológico. Pode ser o treinador? Pode, se o treinador não precisar, ele próprio, de um psicológico.
Daí perceber-se que não era disparate algum, quando o professor Jorge Araújo, criou a figura do treinador do treinador e a experimentou com Jorge Simão. É que nestes momentos de desilusão, desânimo, descrença, enfim, de energia negativa, tal como diz a canção brasileira, é preciso saber «dar a volta por cima». Nem sempre é fácil fazer acreditar. Nem sempre é fácil virar um estado de espírito do avesso. E onze estados de espírito, ainda pior.
Importa, assim, assinalar que este próximo fim de semana poderá ser uma jornada tão, ou mais, importante do que a recente jornada do clássico. Basta lembrar que o FC Porto joga em Guimarães, o Sporting em Vila do Conde e o Benfica recebe o SC Braga. No estado actual das nações do futebol português, há muito coisa a jogar-se, para lá dos três pontos de cada jogo. Na luta pelo título, por exemplo, pode até ser uma jornada (quase) decisiva."

Vítor Serpa, in A Bola

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