Últimas indefectivações

domingo, 21 de outubro de 2012

Democracia

"O processo eleitoral do Sport Lisboa e Benfica deixa-me duplamente satisfeito.
Em primeiro lugar porque, ao contrário daquilo que os mais cépticos temiam, os novos estatutos - que, tal como na altura da sua aprovação, continuo a achar serem os que melhor protegem o Clube de eventuais derivas aventureiras - não impediam a apresentação de candidaturas alternativas. Temos duas listas, e a nossa proverbial Democracia está uma vez mais assegurada, com os Sócios a poderem escolher livremente, nas urnas, o caminho que pretendem para o Benfica.
Em segundo lugar, porque um dos caminhos propostos é justamente aquele em que eu acredito. A recandidatura de Luís Filipe Vieira traz com ela a esperança de que todo o processo de recuperação e crescimento do nosso Clube, encetado há cerca de uma década,não fique por aqui, nem inverta substancialmente a sua rota. Não há presidentes perfeitos, nem mandatos perfeitos. Não há memória de qualquer líder, de qualquer instituição, ter feito o seu trabalho sem, pontualmente, ter cometido alguns erros. O que tem sempre de prevalecer é o balanço global.
No caso concreto de Luís Filipe Vieira, terão faltado apenas mais um ou dois Campeonatos Nacionais de Futebol para que esse balanço (repleto de realizações no âmbito das infra-estruturas, da profissionalização, da credibilização institucional, do ecletismo ou da comercialização da marca) se aproximasse mais da perfeição.
Sabemos bem como perdemos, por exemplo, o Campeonato da temporada passada. Mas há também que lembrar, por ser verdade, que nunca na sua história o Benfica terá tido pela frente um adversário tão forte (dentro e fora dos campos) como o FC Porto dos anos mais recentes. Temos hoje de nos bater com um rival que venceu três taças europeias em dez anos, e está no primeiro pote dos sorteios da UEFA. E não fossem as interferências de terceiros, teríamos, ainda assim, entrado já num ciclo de vitórias 'ano sim - ano não', bem diferente da negra realidade com que convivíamos há dez anos atrás."

Luís Fialho, in O Benfica

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