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terça-feira, 7 de junho de 2022

De jovem promessa a jogador experiente



"Depois de Alfredo Ferraz, foi Mário Ribeiro que, em quase três décadas, ajudou a rechear o palmarés do bilhar do Benfica

Mário Carlos da Silva Ribeiro nasceu em Lisboa, em 1949. Aos 11 anos, trocava as tardes na rua com os amigos pela sala de jogos do café Pigalle, na Amadora. Juntamente com o pai, 'inveterado amante do bilhar', deu os primeiros passos na modalidade.
Sendo 'benfiquista confesso', a sua carreira iniciou-se no Sporting, clube no qual foi inscrito à revelia. Mesmo assim, levou avante a sua paixão pelo bilhar e sagrou-se campeão nacional às 3 tabelas na 2.ª categoria, em 1965/66. Em Fevereiro de 1968, passou a jogar como independente, período no qual foi campeão nacional individual às 3 tabelas, na 1.ª categoria. Nesse mesmo ano, logrou o seu objectivo: 'representar o Benfica'.
Rapidamente Mário Ribeiro se destacou na equipa encarnada, rodeado de nomes grandes como Vítor Hugo Leal, Vladimiro Monteiro e, ainda, Mário Machado. Por ter alcançado a melhor média geral, foi considerado o jogador mais promissor entre os demais encarnados. Elevado a capitão aos 19 anos, cumpriu o cargo ao longo das 28 épocas seguintes que esteve com a camisola benfiquista.
Na primeira época, venceu o Campeonato Nacional de Clubes às 3 tabelas, feito que se repetiria nos dois anos seguintes. Além disso, sagrou-se campeão nacional individual às 3 tabelas em 1969/70 e a 1 tabela em 1979/71. Foi bicampeão regional às 3 tabelas, individualmente, em 1969/70, conquistando o título novamente em 1975/76 e 1993/94. Em equipas, foi campeão regional 13 vezes.
Em 1973, a meio do seu serviço militar no Ultramar, deslocou-se a Lisboa para participar num torneio de promoção da modalidade. Perante a decadência do bilhar na sociedade portuguesa o jovem Mário Ribeiro destacou-se entre os maiores divulgadores e mais dinâmicos bilharistas.
Com uma carreira profícua, com inúmeras internacionalizações e temido pelos seus adversários, passou a profissional em 1993, dedicando-se à modalidade a 100%. Entre as suas ideias estava a criação de uma escola de bilhar, para além de poder render mais da sua prestação.
Com Mário Ribeiro na frente, o Benfica foi 10 vezes campeão nacional às 3 tabelas e venceu 2 Taças de Portugal, título que, individualmente, o bilharista conquistou 5 vezes. Em suma, 'ganhou tudo o que havia para ganhar no bilhar nacional' e reuniu quase meia centena de títulos apenas enquanto serviu o Benfica, até se ter retirado do Clube em 1996/97.
Conheça o palmarés do bilhar benfiquista na área 3 - Orgulho Eclético, do Museu Benfica - Cosme Damião."

Pedro S. Amorim, in O Benfica

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