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quinta-feira, 10 de março de 2016

Benfica: unidos como os dedos da mão

"O Benfica jogou a segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, em casa do campeão da Rússia, com uma defesa que, no início da época não lembraria nem ao mais imaginativo. Ederson; Nélson Semedo, Samaris, Lindelof e Eliseu. Ou seja, nem Júlio César, nem André Almeida, nem Luisão, nem Jardel, nem Lisandro López. E, mesmo assim, não só sobreviveu defensivamente - só foi batido num lance precedido de irregularidade grosseira - como teve condições de estabilidade para arrancar uma exibição personalizada e serena, suficiente para carimbar o passaporte para um patamar onde só acedem as melhores oito equipas da Europa.
A leitura táctica do jogo de São Petersburgo e as virtudes de Rui Vitória serão tratadas, nesta edição, por Nuno Paralvas, na crónica, e Daúto Faquirá, no Mister da Bola. Aqui, prefiro relevar um factor que esteve na base do duplo sucesso benfiquista em Alvalade e no Petrovsky: a solidariedade. Este Benfica tem como matriz o primado da equipa, onde cada um é capaz de morrer pelo companheiro. E desta massa que são feitas as grandes equipas, é este o atributo que permite ultrapassar limitações de vária ordem, a saber, no caso vertente, as ausências de habituais titulares. Foi de pés bem assentes no chão, sem nunca se deslumbrar, que o Benfica ganhou nove pontos ao Sporting e onze ao FC Porto e saltou para os quartos de final da Champions. Quer tudo isto dizer que Rui Vitória acertou na tecla e tem agora por missão barrar a entrada da euforia na cabina.
A terminar, algumas breves notas quanto ao jogo com o Zénit: Ederson é um nome que vale a pena decorar; Samaris e Fejsa foram gigantes; Lindelof está a superar todas as expectativas; Renato Sanches é um fenómeno: e Jiménez já pagou a sua contratação."

José Manuel Delgado, in A Bola

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