"Nos últimos tempos, Sporting e Benfica têm sofrido com um elevado número de baixas, tornando a gestão do plantel um verdadeiro quebra-cabeças para os respetivos treinadores. Assim, a capacidade de adaptação a estas adversidades pode ser o fator decisivo para definir o campeão.
A Liga Portuguesa vai entrar praticamente no último terço, a luta voltou a estar ao rubro, e duas equipas dependem de si mesmas para erguer o troféu no final da temporada. Separadas por meros dois pontos, Sporting e Benfica têm sido parecidos na irregularidade e, neste momento, faz diferença o dérbi de Alvalade: ou seja, o confronto direto determina a liderança, bem vistas as coisas.
Este tem sido um campeonato invulgar. A única coisa previsível é mesmo a imprevisibilidade das exibições dos principais candidatos, FC Porto incluído. A tudo isso, há um fator a ter um papel determinante: as lesões.
Nos últimos tempos, Sporting e Benfica têm sofrido com um elevado número de baixas, tornando a gestão do plantel um verdadeiro quebra-cabeças para os respetivos treinadores. Assim, a capacidade de adaptação a estas adversidades pode ser o fator decisivo para definir o campeão.
Com 12 jornadas por disputar, clássicos e dérbis por jogar, a margem de erro dos dois primeiros é mínima. Qualquer deslize pode ser irremediável. Eles têm sucedido, é verdade, ora de um lado, ora do outro, faltando saber qual deles será fatal: e um deles será.
A qualidade dos jogos reflete a quantidade lesões, estou em crer. A longa temporada tem cobrado o seu preço e não é só a condição física dos jogadores que será crucial neste terço final. O lado mental de cada plantel jogará tanto como «as pernas», e ver-se-á quem tem mais estofo para ser campeão. A resiliência não é meramente muscular, aliás, ela é mais psicológica e os mais determinados e perseverantes triunfarão no final.
A profundidade dos plantéis não é igual, a meu ver, e muito também pode depender da influência de jogadores-chave. Pavlidis tem sido um farol nos últimos jogos, mas se o Sporting recuperar Gyokeres para níveis anteriores, sabe-se bem o efeito que isso pode ter no campeonato. Haverá uma paragem da Liga em março, com as seleções de regresso e talvez possa ser irónico que quem sempre pede jogadores nas seleções desta vez prefira que eles nem lá vão.
Este será o campeonato da resistência, do último a cair. E da paciência. Dos adeptos, claro está, que neste momento já devem ter percebido que nada está garantido, e que tal como os seus jogadores, vão ter de sofrer com eles até ao fim. O Benfica está ainda envolvido nas provas da UEFA, ao contrário dos outros pretendentes. Mas também já percebeu que qualquer pormenor conta. E daí, com o Gil Vicente adiou-se um jogo. Porque mesmo os mais resistentes, volta e meia, precisam de respirar fundo."
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