"«(João Pereira) parece alvo de campanha completamente persecutória. Tenho a sensação nítida de que sofreu mais faltas do que as que cometeu»
Carlos Freitas, Director-Geral do Sporting
Treino da Selecção Nacional, preparação para o Euro-2004, no Jamor: Scolari quer fazer um treino de conjunto mas não há convocados suficientes; por isso, chama juniores do Benfica (como mais tarde faria com seniores do Belenenses, por exemplo) para completar o onze para onze.
Entre esses juniores que surgem no Jamor está um lateral-direito pequeno, em altura e em largura, chamado João Pereira. Sim, aquilo de ter começado a jogar na equipa principal do Benfica como médio, à frente de Miguel, foi um acidente, fez a formação como lateral, nunca foi uma adaptação à defesa como quiseram fazer crer.
Nesse onze para onze, a extremo-esquerdo da equipa que Scolari testa está Luís Figo, que na altura já tinha consagrado como melhor jogador do mundo. Num lance do treino o jogador do Real Madrid faz falta sobre o lateral dos juniores do Benfica, que se levanta de repente e cresce para o adversário, questionando-o na cara. João Pereira tinha, na altura 17 ou 18 anos.
Dizer-se que João Pereira é perseguido pelos árbitros é não querer ver a realidade; não deve haver jogador que tanto refile como ele; apresentar como argumento o facto de sofrer mais faltas do que as que faz é querer enganar as pessoas; não é pelas faltas que faz mas pelo que diz aos árbitros depois de as fazer (e foi isso que aconteceu frente ao Beira-Mar) que está sempre a ver cartões.
Atenção, isto não é uma crítica a João Pereira. Refilar está-lhe no sangue, desde pequenino. E até pode ser bom para a equipa, quando ele está amorfa, embora possa ter um efeito perverso se ela já estiver enervada.
Coitadinho do João é que não!..."
Hugo Vasconcelos, in A Bola
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